segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pedir onde sobra e entregar onde faz falta, excelente exemplo de solidariedade.

O Banco Alimentar tem mais de 20 anos de actividade e teve sempre ao longo da sua admirável acção junto dos que precisam de ajuda, um trabalho que dignifica quem ainda sente um pingo de solidariedade para com o seu semelhante.
Mas este Banco Alimentar tem os seus" invejosos " que mal dizem do seu programa de apoio aos que precisam, mas essas malformações sociais fazem parte do próprio esgoismo da condição humana. Eu também carrego com os meus defeitos de origem, dai perceber a" preocupação" da sua lógica de uma sociedade perfeita num estado que combata a fome, mas onde está ele? Que bom seria que se concretizasse no imaginário das ideologias,a prática da justiça social, banindo bancos alimentares, mas não sejamos ingénuos com o regresso do Rei Sebastião. Se avaliarmos o que temos na actualidade, teremos sempre a mesma tralha de estados nas sociedades, incapazes de superar a fome e as privações de muitas pessoas. Claro que neste miserável cenário do nosso país, por culpa de politicas que não fizeram os necessários ajustamentos, tenho e outros também uma boa dose de razão de contestação, mas por experiências vividas e a visão da história com os seus regimes salvadores, demasiadamente únicos, que acabam por trazer piores condições de vida do que o nosso povo continua a usufruir,apesar da grande franja de pobreza que se instalou em muitas famílias. Os que duvidarem desta afirmação que façam um estagio e para isso pés ao caminho e acabam por reconhecer que o Banco Alimentar, é  um privilegio e que o levaria para muitos países que eu conheço. Tenho essa consciência de afirmação no combate contra a fome e limitações inacreditáveis pois acabava por sentir a maior das minhas alegrias. Esta onda de solidariedade chega também ás crianças como presenciei no domingo em vez de lhe enfiarmos já o ódio e o desprezo pelos outros em cultos de personalidade, vamos é dar-lhes exemplos de partilha para que amanhã não sejam bichos do mato e que saibam potenciar o seu carácter na verdade e na justiça, enfrentando sem medo os corruptos e os que são felizes pisando os que estiverem mais perto dos seus instintos perversos. Neste quadro os que contestam o Banco Alimentar, revelam só a falta de sensibilidade social de uns tantos papagaios que só estão bem onde não estão, uma espécie poética de António Variações, (salvaguardo o direito das suas opções,) porque não sentem que fazer bem faz bem, contrariando a mísera caridadezinha.
Mas pergunto por fim onde está o estado que garante a erradicação total da pobreza e assume as condições mínimas a uma vida digna dos seus cidadãos?
Na América, em África, na Europa,nos regimes comunistas, onde estão essas sociedades que não precisam desta onda de solidariedade?
O nosso problema e compreendo o descontentamento generalizado, esteve nos sucessivos governos que se organizaram na partilha do seu interesse de classe politica, e que foram uma vil afronta numa sociedade que se pretendia equilibrada socialmente, mas não! Faltou-lhes este sentimento de dádiva que surge sempre neste extraordinário pulsar de bem-fazer, o que devia envergonhar os que se "abasteceram" á custa dos continuados golpes de riqueza fácil. Por isso é o povo que se ajuda a si próprio com esta onda de sentirmos os outros e que se chama Banco Alimentar, que apoia pelo país diversas Instituições de solidariedade, fazendo melhorias alimentares a muitas famílias e esse apoio está para além da gritaria politiqueira que nada faz no seu espaço social e a favor dos que precisam de ajuda. Mas quem sou eu para endireitar o mundo, apenas sei que sou eu e isso basta-me imenso.

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