sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Caro anónimo

Não sei bem como responder ao seu comentário, face ao modo como reajo colectivamente nas atividades da sua terra, é que não sei mesmo. Iria falar-lhe dos valores da gratidão, da minha gratidão numa comunidade que me aceitou e na qual não fui um foragido em que só procurei os defeitos e não partilhasse os valores sociais e culturais que existem na Freguesia de São Pedro? Parece-me que não.
Como homem do povo, só´posso adiantar-lhe que me reencontrei com a minha raiz social, vivendo-a com naturalidade e entusiasmo e sem fingimentos ou estrategias da porca hipocrisia, já que na minha profissão de cabeleireiro de senhoras, trabalhei para um tecido social que me obrigou a enormes contenções de comunicação e cortesias de salão, aí soltei a minha alma, a verdadeira com a minha gente e que lições de vida tenho aprendido com homens do mar, corajosos e dignos.
Por outro lado não sou uma"Ilha" no meu relacionamento com as pessoas, encaro-as com lealdade e transperência, solidário sempre. E sempre que é necessário , é verdade não digo não a nada, como acontece  agora no teatro, uma forma da tal gratidão que lhe falei, numa experiência muito rica e aberta ao povo, decerto uma retribuição e reconhecimento a uma terra onde tenho sido muito feliz.
Se fui Repórter Mabor em Montemor, ai classificaram-me de páraquedista, mas não pense que vivo de ódios pequenos e gratuitos, de perseguições mesquinhas, levantar a cabeça sem fugir das pessoas é o meu caminho.
Acabo  por agradecer o seu comentário, esperando que o grupo de teatro, venha a proporcionar grandes noites de solidariedade na sua terra porque só assim sentimos o amor pela vida e pelos nossos contributos colectivos, já que tenho um grande defeito, não consigo viver só de palavras escritas ou faladas, faço questão de não as traír, mas nem sempre sou capaz de tal certeza.
Tenha em família um Santo Natal

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