segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A praia de Espinho e o homem estátua.

O mar em Espinho batia alterado sobre a areia da longa praia.Na avenida principal e com o mar quase a "beijar-lhe"os passeios , a pequena multidão num constante vai-vem, olhava de lado o homem-estátua. Sentado, não reparei se em banco ou cadeira, mas rigorosamente de costas para o mar, convidava-nos a suportar uma fria temperatura .O homem estátua era uma figura bizarra,e as crianças não paravam para o ver, porque tinha, em boa verdade uma presença austera. Mas fiquei ali a olhar o homem e interrogava-me se não seria mais cómodo outro modo de vida, enquanto a minha mulher ao longe me acenava para que deixasse a estátua e o cidadão de corpo e alma, ali a ganhar a sua vida com tanto desprezo à sua volta.Quando lhe perguntei se lhe podia tirar um fotografia, nem uma palavra , nem um gesto, já que num rigor profissionalizado, apenas e só com o seu dedo indicador, percebi a sua autorização para o fotografar. O que somos o que ele é, foram reflexões repentinas, mas fiquei a pensar quantos comentários jocosos e de passagem não terá que escutar, julgo de alguns, poucos, que não sabem respeitar o seu modo de vida!

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