quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O popular e invisual Tóquim,terá a vida que gosta?

António Joaquim Fernandes dos Santos, 51 anos de idade, é natural de Abrunheira , Montemor-o-Velho, mas há muitos anos que vive na Cova Gala , Figueira da Foz.
Conheci o António , já lá vão mais de 15 anos, na Freguesia de S, Pedro, quando o saudoso Santiago
Pinto, publicava o Correio da Figueira, e habitava naquela localidade.
O Santiago Pinto, arranjou uma sacola e o nosso vendedor, o Tóquim, percorria as ruas vendendo o jornal e ganhando uns cobres para o copito e os cigarros, foi neste negócio "milionário" que conheci
o invisual e popular Tóquim
.Os anos que são um relógio nas nossas vidas, quem havia de dizer, reencontrei-o volvidos muitos anos, agora meu cliente que pagava bem. pois então...
Tivemos ambos sorte, pois o meu páraquedas, aterrou numa terra de boa gente, com a qual procurei
marcar o meu poiso, garantindo á partida que não vinha para golpes de baú, já que o que me iria impor pela honra e trabalho, seriam os meus inseparáveis pentes e tesouras, mas um dia conto a história, triste história, direi..
Mas reflectindo sobre o cidadão António Santos , agora sem abrigo e a pedir esmolas junto ao mercado, custa-me pensar que este covense ,tenha deixado tudo e todos, já que tinha á sua volta
um ambiente de grande estima e apoio, como tive a oportunidade de verificar durante muitos anos
na Cova Gala
Não estou nem devo estar, a menos que fosse para o ajudar, por dentro dos seus problemas familiares
mas estaremos em presença de um invisual que gosta da aventura da rua e da brutalidade dos seus encontros com as multidões que passam e nem sequer o veém por perto.
O Tóquim tinha o dom da comunicação com as pessoas, num vernáculo de paródia, mas ia dizendo aos amigos; Olha vim agora de casa da tua mulher!!! Claro que tudo isto originava ambientes de
muito riso e que resultava no respeito que sentiam por um marginalizado da vida, mas tenho duvidas se isso acontecia de facto, tal era a estima das pessoas, pelo infortunado Tóquim, agora na esquina do mercado com uma cx.de papelão, pedindo umas moedas, mas a casa dele não é as ruas frias e sem norte, a casa do Tóquim, são as ruas quentes da sua terra , porque lá não é mais um na multidão, mas tanto quanto possivel um igual a nós , sobretudo os seus amigos que eu conheço e agradeço o seu humanismo e solidariedade para com o Tóquim.

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