Messines está a poucos quilómetros de Armação de Pêra e era no meu tempo em que trabalhava em Armação, 22 anos, uma aldeia de bailaricos para o nosso grupo de jovens, idos de Armação, enquanto hoje, volvidos mais de 5o anos, se transformou numa vila turistica e com acentuada modernidade. Eu e a minha mulher,sabiamos que o grande poeta João de Deus, 1830, ali tinha nascido. Perguntamos se existia alguma estátua a perpetuar a sua vida e brilhante história nas letras portuguesas.
Quando nos abeirámos do monumento ficámos como que reduzidos, porque ambos conhecemos um pouco a sua obra ,sobretudo a minha mulher, que no Cantinho do Poeta na Vóz de Montemor, divulgou imenso a sua poesia.A foto ai está com o privilégio de belos momentos no nosso pensamento, já que faltavam poucos minutos para chegarmos ao nosso destino em Armação de Pêra, com novas emoções no desejado
descanso.que resultou em saude.
Para os que não acreditam na caridade, por vezes denegrindo-a, por má caridade, aqui fica este hino
maravillhoso do poeta João de Deus, aos que a sentem e limitadamente lhe dão o seu valor humano e social.
A CaridadeEu podia falar todas as línguas
Dos homens e dos anjos;
Logo que não tivesse caridade,
Já não passava de um metal que tine,
De um sino vão que soa.
Podia ter o dom da profecia,
Saber o mais possível,
Ter fé capaz de transportar montanhas;
Logo que eu não tivesse caridade,
Já não valia nada!
Eu podia gastar toda afortuna
A bem dos miseráveis,
Deixar que me arrojassem vivo às chamas;
Logo que eu não tivesse caridade,
De nada me servia!
A caridade é dócil, é benévola,
Nunca foi invejosa,
Nunca procede temerariamente,
Nunca se ensoberbece!
Não é ambiciosa; não trabalha
Em seu proveito próprio; não se irrita;
Nunca suspeita mal!
Nunca folgou de ver uma injustiça;
Folga com a verdade!
Tolera tudo! Tudo crê e espera!
Em suma tudo sofre!
João de Deus, in 'Campo de Flores'
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