segunda-feira, 1 de outubro de 2012

As nossas aldeias, vilas e cidades são o nosso pulsar

Andar por ai, conhecer e comunicar com as nossas gentes, no espaço das tradições e hábitos de viver, eu e a minha mulher, não o consideramos um luxo, mas uma necessidade humana e social, porque no nosso entender tudo se transmite de pessoas para pessoas, como aconteceu em Alpiarça, com um grupo de cidadãos locais que encontrámos sentados num longo banco de madeira. Na praça ajardinada reparámos numa interessante estátua dedicada aos valorosos ciclistas do Águias de Alpiarça. Dirige-me ao grupo com a saudação do habitual boa tarde, e logo de seguida pretendemos saber o que poderíamos visitar. Um dos mais espevitados, respondeu-nos que sim senhor, a terra tem coisas bonitas para ver, mas se vocês precisarem de médico, é melhor ir andando...
A minha mulher, atenta, interviu: mas os senhores não tem médico de família? Nã senhor, estivemos largos meses sem assistência deles, e agora temos dois médicos cubanos, para 4 mil utentes !
Estrada fora, com o cheiro do vinho mosto das adegas dos lavradores, a fazer lembrar os nossos, em Montemor, dizia eu para a Dilia: já viste o que estes gaijos
fizeram a estas populações, esqueceram-se por completo desta humilde gente, só dois medicos para tantas pessoas, grandes sacanas, grandes sacanas. Ó homem cála-te, vamos em férias, não resolves nada, e eu calei-me, o que não aconteceu com o pensamento que não se cala nem se corta.
Estavamos em Almeirim, uma cidade moderna e movimentada, apetece meter o nariz em tudo, mesmo naquela noite amena, com o cheiro da sopa da pedra, ao virar de cada esquina.
O frade que simboliza o saboroso manjar, ai está na foto, a vincar também o carinho que os responsáveis sentem pelos seus valores na gastronomia e na história, um cartaz conhecido em todo o país.
O nosso destino era Armação de Pêra, no dia seguinte seguimos viagem
 
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