Eu sei que não descobri a pólvora, todos sabem que o vento causa graves problemas, mas esta manhã na Cova Gala, ali pertinho do mar, corri o risco de ser levado por uma tempestade violenta, já que a minha curiosidade de ver o mar por perto, com a forte ventania não permitiu que me mantivesse de pé, refugiando-me a custo para dentro do carro, parecendo-me "algodão" neste bruto peso de 72 anos e muito quilos, sem ter o desejado equilíbrio.
Admiro os aventureiros e os que procuram novas emoções; mas os problemas são graves e perigosos e eu se tivesse juízo, contentava-me com aquele vendaval , em frente ao bar da Paula, demoníaco e avassalador, com as telhas e as partes das árvores , a voarem como penas de galinha!
Lá dentro no bar senti-me um puto, como que a escutar as histórias dos avós, pois os pescadores do rio e do mar, sabem como ninguém o que são tempestades por mares navegados por eles e de tantos tormentos nas suas vidas, ficando sem palavras com as experiências de muitos e sofridos anos de trabalho.
Escutar esta gente do mar, tem sido uma nova escola para mim, que desconhecia por completo e me tornou atento e respeitador, se escuto a valentia nestes homens que falando alto e bom som, parecendo zangados, são uma nobre cultura do nosso povo, quando recordo que o mar é para mim o meu lazer, sinto a sorte que eu tive em pisar terra segura, mas os pescadores não, porque vivem com outros exemplos maiores.
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