Ainda criança e depois na juventude, foi testemunha da exploração dos trabalhadores nas minas do Pejão. Na referida entrevista recordou a humilhação com que eram tratados os que precisavam de ganhar a vida naquelas minas, sujeitando-se também a longas caminhadas de três horas até ao local de trabalho entre provações de grande miséria. Não conseguiu alhear-se desta realidade, que lhe fazia pena.Sentiu que a fé aliada à sua condição de padre, o poderia ajudar a minorar as injustiças de que
que sofria aquele povo. Não só assumiu a mensagem cristã na Igreja, fortalecendo espiritualmente quem o ouvia, mas também na área social defendendo os interesses económicos dos mesmos, tornou-se sindicalista originando á sua volta um trabalho excelente na defesa dos direitos dos trabalhadores e dos que tem fome de justiça.Não foi fácil conciliar o trabalho da Igreja com o novo trabalho tão meritório... Ele tinha capacidade para tudo, mas havia uma certa reserva entre alguns, para os quais o Padre era para estar na Igreja, falar da Biblia resar Missa e ouvir confissões. Mas este padre não se intimidou com as aparências negativas, Deus não está só na Igreja, e com esta certeza foi viver a verdade com os outros que precisavam de tudo, da fé e do pão.
Actualmente em Setúbal, continua com a sua boa nova junto do povo, e de igual modo não esquece o martirio desta cidade nos anos 80, a pobreza, a fome resultante da destruição da industria conserveira e não só.
Este mensageiro do Cristianismo, continua a sua obra de bem fazer. No "seu" refeitório encontram comida diáriamente, muitos que sem esta dádiva estariam em sofrimento. Há quem lhe chame Comuna... mas se ser comuna é dar de comer a quem tem fome, então benditos todos os Comunas iguais ao Padre Constantino.
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