Se algum sentimento de culpa me preocupa nas análises que faço, são os eventuais lapsos que venha a cometer originando fatal ingratidão sobre pessoas ou ideias suas ou colectivas. A Vasco Lourenço e seus colegas militares só tenho que lhes agradecer a liberdade que me deram de mão beijada, sem que eu tivesse tido o risco de levar um tiro na nuca.Depois, ainda falou por mim, ao dizer que os políticos são uns mentirosos. Benza-o Deus, este militar de Abril, que ao contrário da polícia política, que se levantava de madrugada para prender inocentes, Vasco Lourenço, e outros tantos corajosos, levantaram-se "pela fresquinha", deixando as suas famílias em desassossego, para ficarem na história de um povo, agredido por uma tirania.
Porém, não há bela sem senão- aí está o comício dos militares reclamando os seus direitos, ou a perda deles. Apetece-me perguntar-lhes se estão mal pagos, ou se pelo contrário, estão de novo preocupados com a sorte dos sem trabalho, das famílias que se arrastam pelas portas das Misericórdias, ou ainda os reformados com duzentos, trezentos euros por mês. Sempre, sempre ao lado povo, foi chão que deu uvas, e para mim eis a minha grande dúvida - de que lado estão agora este militares?
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