quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Mudar de vida, um programa da R.T.P.
Um programa na R.T.P., mostrou Rosário Salgueiro, jornalista , de olhos vendados, a percorrer as ruas e as praças, atrevessando o Tejo, de barco, para exemplificar a vida complicada que os invisuais enfrentam no dia a dia.
Um trabalho notável de sensibilização para o grande público, já que a jornalista interpretou a dureza que é ser invisual no meio da apressada multidão, num corre-corre infernal como é o caso de Lisboa , ou de outras cidades do país.
Quem surgiu muito antes neste programa, ainda durante o telejornal, foi o Carlos Paiva, da Figueira da Foz, afirmando que ainda tem esperança na sua visão, desde que na China, pudesse fazer um oportuno tratamento à sua total cegueira.
Já agora pergunto onde estão os amigos do Carlos Paiva? Foram alguns no início, mas depois de ter recusado a sua institualização, pois prefere viver só em sua casa, os tais amigos perderam-se numa manhã de nevoeiro. Registo neste invisual um exemplo extraordinário de amor à sua existencia, gostando de viver num ambiente seu mas complexo, não lamentando nada e muito menos o seu destino de invisual.
Por isso esta jornalista da R.T.P., Rosário Salgueiro, prestou um interessante serviço
público, pois a conclusão que se retira deste trabalho, é chamar à atenção dos que têm olhos e não vêem o drama dos invisuais que lhes passam ao lado, sentindo-se incomodados com os próprios cães-guia, percebeu-se na peça, com o desabafo de um invisual. É caso para dizer que cego é aquele que não quer ver. Mas o que sobrevive são outros valores de caráter social e não os valores destes cegos coxos de mentalidade. É contra estes preconceitos que o programa teve o seu mérito, mostrando de forma pedagógica a sorte que temos de os poder apoiar, elevando-lhes a auto-estima e tratando-os de igual modo como pessoas.
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Também vi um programa onde uma jornalista viveu na rua uma semana.
ResponderExcluirDesculpa as reticências mas era só um teste para ver se consigo comentar.
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