sexta-feira, 7 de outubro de 2011

De geração em geração eis a questão.

Venho de uma geração que se aguentou com as suas limitações, aventurando-se na estrada da vida  para atingir os objectivos do trabalho e fosse do que fosse.Nesse tempo o Salazar fechou-se no gabinete a pesar o ouro, enquanto o povo andava descalço por caminhos e carreiros. O regime prendia os cristãos que na Igreja do Rato, se reuniam para contestar a guerra em Africa. .Salazar, orgulhosamente só, como gostava , fazia com que a minha geração fosse dizimada numa guerra que se sabia perdida, enquanto Cerejeira e o regime,rezavam ,julgando que Jesus Cristo, os escutava.Volvidos anos, volto a reflectir sobre a herança que por aí está e fica para o meu neto, para todos os netos deste país, já que eu não tenho mais tempo para ser esfolado, numa herança de dúvidas e dívidas que os críticos de Salazar, construiram com os governos saídos da revolução de 1974. Se a história se faz todos os dias, aí a temos para que os vindouros  possam analisar a pesada herança que fica por aí a depenar quem vive do seu trabalho. Sim, na outra e nesta herança,elas nunca foram para todos, pois existiram e ainda hoje por aí estão, os que aproveitam o caminho das golpadas e do facil viver á sombra da sua desonestidade. Cheguei à conclusão que tanto faz em ditadura ou em democracia, quem se trama é o povo que não tem juizo e teima em acreditar nestes vendedores de ilusões num país falido, onde os culpados se julgam pessoas sérias, mas a verdade é como o azeite...dizem.


Um comentário:

  1. Perdoe-me o plebeïsmo: porra que nunca conheci nenhuma pessoa da classe trabalhadora com tanta classe para escrever o que vejo neste blog. Parabéns e continue sempre assim. Adoro.
    Os meus respeitos e grande estima.

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