Saí do hospital da nossa cidade a perguntar a mim próprio onde estão os amigos do Carlos Paiva? Sim porque ele já os teve. Possivelmente ainda os terá, só que andam arredados. Todos sabemos que o Carlos errou muitas vezes, e também não ignoramos que o vicio do álcool o arrastou para comportamentos pouco edificantes.
Sempre pagamos com juros elevados, os erros que cometemos e o Carlos Paiva foi vitima de si próprio, e também da sua fragilidade, pois nem sempre soube defender-se dos perigos que o envolviam. Porém nunca o vi rancoroso, nem em relação á sorte que não esteve com ele, nem mesmo com aqueles de quem tinha queixas. Vivia sacrifícios, andava à boleia, mas alardeava glórias, ninguém tivesse pena dele, ele estava bem. Era e ainda é muito dado a imaginação, só fantasias.
Hoje ando á procura dos indivíduos que ele não prejudicou na Rádio Maiorca e no Diário de Coimbra, ou ainda na Foz do Mondego, venham daí digam - me que desconhecem a situação do Carlos e ficarei esclarecido,porca miseria é os sentimentos de alguns que só vendem banha da cobra!
Ninguém é obrigado a ser amigo de ninguém, mas então será bom que não se apregôem sentimentos de amizade, nem tão pouco se ensaiem sorrisos e palavras adequadas só para uns momentos, e de seguida perdure o esquecimento.
O mal é sempre de quem o sofre, mas uma palavra, uma mão numa situação difícil é algo que acalenta este nosso irmão agora no Hospital.
Carlos Paiva está só, e cego ; numa cama do Hospital da Figueira da Foz a recuperar duma intervenção cirúrgica a que foi submetido à uns dias atrás, dando mostras de uma grande coragem e dignidade desejando viver, apesar da sua cegueira total e irreversível. Amigos e conhecidos do Carlos, à revelía dele, quero fazer-vos um apelo:
dum simples telefonema - duma palavra para este nº- 965844777. É comum dizer-se que é no hospital que se encontram os amigos, eu acredito que sim.
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