Silêncio,
para ver se te sinto em algum canto,
se te vejo mesmo ou apenas te recordo...
Sempre te queria ter presente com a força da gente,
mas não gente que com a lapela se travestem numa liberdade oprimida pelo tempo que passa,
que sorriem com cravos, rosas, ou qualquer outra flor da desgraça...
Silêncio,
para na esperança tentar ouvir o trovejar da revolta,
num País triste e enganado por um destino que afinal não morreu...
Arrepiado de saudade e frustrado pela ilusão,
procuro mas não encontro o bater do teu coração...
Custódio Cruz
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