Não derrube, ajude a levantar.

Idoso como sou, viajo agora no rol de algumas interrogações nos vínculos sociais e do seu constante aprendizado, mas continuo com elas (as interrogações ) e muito mais do que isso, que me atormentam, sem saber as causas e os efeitos da inveja que atropela o sentido da solidariedade.
É no escondido âmago da inveja, sobretudo nos que não tiveram a felicidade de se realizarem nas suas vidas, que a maleita se manifesta numa precária relação com os outros indivíduos, que rumina por si  as citadas dificuldades, que podem classificar-se no quadro tormentoso dos invejosos..
Eu sei que ao expor-me deste modo, devo antes do mais, interiorizar-me, se possuo ou não, aquele malicioso estigma, confesso-vos que não vivo de sofismas, entre a inveja e a solidariedade, muito menos a minha simpatia pelos poderosos, o que não é a mesma coisa do respeito que lhes devo, mas inveja, se a tivesse, sentir-me-ia inferiorizado com o seu sentido de cobiça do que pertense aos outros, seja no que for, dinheiro, se for cultura, há que aprender e não ter inveja...

Além disso, tenho uma forte carga de rejeição a um ladrão  ou  a um invejoso, mas como estou em maré de me manifestar com autenticidade, prefiro o ladrão, que rouba e desaparece, enquanto o invejoso me rodeia com uma fictícia humildade que só existe na sua falsidade.

Não tenhamos receio de enfrentar os que ao julgarem-se donos do mundo e do seu "império"de ilusões, e desde que criticados, passam a cobrir de invejosos, os que na realidade nada tem com esse estigma," Benza-me Deus"que prefiro o bem alheio, em vez da sua desgraça e isto chama-se não derrube, ajude a levantar alguém na valeta da vida e sem comiseração ou inveja,um sentimento  doentio, penso eu até sofredor para quem não se liberta para a felicidade do bem dos outros com a  satisfação.que nos torna os homens que "morrem " de pé, como me deixou escrito o meu amigo poeta Juvelino Soares.