Pára...Só fazes inimigos?

Este amigo do peito, também idoso como eu, telefonou-me  de Montemor. Preocupado com as polêmicas no facebook, sobre critérios sociais, em que os métodos de organização politica e de Estado, tem valido nas opiniões de cada um, vários contraditórios com os meus camaradas, rotulado agora de judaico- cristão, julgando o camarada que eu não conhecia as crenças do velho testamento. .Isto é uma grande porra, se não penso como os meus camaradas pensam, levo em cima com estes e outros atávicos tributos. O  que me safa é que a Santinha da Igreja, já acabou com a inquisição!! Ser comunista ou não ser, é pela minha convicção cívica e o respeito pela minha liberdade e a dos outros, uma atitude que se cuida no limite da esquerda democrática, admitindo a propriedade privada os sindicatos livres para os trabalhadores, as opções partidárias para cada cidadão, o combate ás policias politicas, a exploração dos que trabalham e que não lhes pagam os respectivos subsídios. E tantos outros valores em que acredito e que me alimentam, verificando a sua destruição por indivíduos que na democracia e nos regimes totalitários, negam estes valores humanos e de solidariedade. O meu amigo, ao escutar-me, foi dizendo que me conhecia, que chegava para eles, pela natureza dos exemplos e da transparência  o que fiquei de todo babado, com os dentes de camelo a fazer-me impressão pelo seu volume. Foi das  tais conversas em que dois amigos de décadas, nunca tiveram meios de hipocrisia para as manter, daí  resistirem no tempo.

Tranquilizei-o. Olha meu velho companheiro, camarada, sobretudo amigo de longa data,Não estejas preocupado com os amigos que o deixaram de ser, porque se o fossem, não teriam deixado cair, o que realmente não tinham, o carácter da amizade, tendo em conta, que o que defendo são os valores da democracia, do povo que sou e que tu és também, Ou assumir referencias publicas contra injustiças, abusos do poder, os ódios mesquinhos da politica com o seu odioso sectarismo, estou a ofender alguém, perguntei-lhe na despedida a um amigo idoso como eu sou, que no sábado, no grupo, quer uns chocos bem temperados, acabando por lhe dizer que só faço inimigos, onde nunca existiram amigos.