quinta-feira, 26 de julho de 2012

No silêncio da madrugada sabe bem falar com o velho companheiro por Terras de Montemor.

O MONDEGO.

Autor: Santiago Pinto.

A paisagem recortada pelo rio

Que das Serras vagueando até á Foz

Vem regando mormurando em sua voz

E as searas já não secam no estio.

 

Em Coimbra,capas negras são saudade

Que envolvem as guitarras soluçando

E o Mondego docemente vai cantando

As baladas que só ele bem as sabe.

 

A caminho do mar alto onde morre

Ele afoga suas máguas sem cessar

Suas preces são ondas a marulhar

Dessa água que tão triste já não corre

 

Tantos anos já passados e o Mondego

Corre sempre nesse curso que Deus fez

No seu seio morrem lágrimas de Inêz

Dos amores que só ele sabe o segrado.

 

E D. Pedro que chorou a sua mágua

Junto ao rio a tristeza embarga a voz

Suas lágrimas vem correndo até a Foz

Tons funérios toca o sino "A velha cabra"

 

No Castelo de Montemor escreve história

Na Alcaçova D. Afonso dá sentenças

São os tempos em que a fé e só as crenças

Escrevem páginas de mistério e de glória.

 

E o Mondego testemunho ainda vivo

Tem segredos que não sei e que não digo

Desses tempos em que a fé era maior.

 

São as lendas são histórias aos bocados

São batalhas, são memórias são pecados

Que a história escreveu em Montemor.

 

 

 

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