domingo, 8 de julho de 2012

Um exemplo e uma lenda em Cuba, para meditar. Hoje publicada na R.C.M.

7 comentários:

  1. Caríssimo barbeiro:

    O meu Amigo, tal como outros, foi a Cuba. Tal como outros, veio de lá “doutorado” em sociologia e política cubana…
    Leia isto:
    “Madrugada de um dia qualquer . Como acontece todas as semanas, ao alvorecer de um dia qualquer, centenas de portugueses aterram na Portela, provenientes de Cuba.
    A maioria não vai a Cuba passar férias só porque é barato. Vai para poder dizer mal de Cuba e de Fidel quando regressa. A maioria passa cinco dias numa estância balnear - em estabelecimentos tão atípicos e assépticos como os de outra estância balnear qualquer - e um dia em Havana, mas quando chega a Portugal já se sente um especialista habilitado a falar sobre os horrores de Cuba, a miséria do seu povo e as atrocidades de Fidel Castro. Quando lhes perguntamos se sabem como era a Cuba antes de Fidel, sob a ditadura de Fulgêncio Baptista, alguns respondem com um encolher de ombros e outros mais “letrados” olham-nos com um ar de desprezo e atiram:
    -Quero lá saber o que se passou em Cuba no século XVIII?
    ( Perante tanta ignorância,o melhor é engolir em seco e mudar de conversa...)
    Quem esteve mais do que um dia em Havana- com pouco mais tempo do que para trazer de recordação um exemplar do “Gramma”- e num arrojo destemido deu um salto a Cienfuegos - sente-se já detentor de um Mestrado em História e Sociologia Cubana. Esquece-se que Cuba vive um embargo selvagem imposto pelos americanos há meio século, mas tem bem presente na memória o medo que viu estampado em cada rosto e comoveu-se com a miséria , a falta de hamburguers, telemóveis e outras maravilhas da tecnologia que há meia dúzia de anos lhe eram desconhecidas e cuja necessidade nunca reclamaram, até ao momento em que a sociedade de consumo lhos serviu em bandeja de prata, com a mesma volúpia com que Satanás tentou Cristo.
    Curiosamente, estes portugueses não se sentem condoídos com os dois milhões de portugueses que vivem no limiar da pobreza. Preferem chamar-lhes malandros e acusarem-nos de não quererem trabalhar. Porque cá- afirmam- ao menos vivemos em liberdade!”

    Carissimo barbeiro:
    Se quer conhecer o relato de um turista depois de uma visita a Cuba, leia também isto:

    “- Foste passar férias a Cuba? Que horror, querida!
    - Eu até gostei...
    - Bem, estive cinco dias em Varadero e a praia é óptima e os hotéis não ficam nada a dever aos do Algarve, mas ouvi dizer que há outra praia ainda melhor...
    - Sim, Cayo Coco!
    - Foi em "Cai o Coco" que estiveste? É giro?
    - Só lá estive um dia, para ver como era. Estive a passear pela ilha durante uma semana e fiquei três dias em Havana.
    - Ai, filha, aquilo é um horror! Estive lá um dia e detestei. Que pobreza! Tudo degradado! E as pessoas? Coitadas, vivem miseravelmente! Nem sequer sabem o que é um hamburguer ... E nem imaginas como olhavam para o meu telemóvel quando eu estava a tirar fotografias!
    - É... mas têm um bom sistema de saúde e bom ensino, tudo gratuito...
    - Coitados, não têm dinheiro para comprar nada. Aliás... eles não têm é nada. Deixei-lhes as minhas roupas todas, coitados. Se aquilo é assim na capital, imagina como será o resto. O Fidel é um bruto, já devia estar morto. As pessoas nem sequer podem falar, com medo de serem presas.
    - Eu falei com muita gente. Algumas discordam de Fidel, criticam-no e querem vê-lo morto, como tu, mas encontrei muita gente que está satisfeita e quase venera o Fidel. Aliás, agora quem está a governar não é o Fidel, é o irmão Raul..
    - Ó filha... tu acreditas nisso? Eles dizem bem porque têm medo de ser presos e torturados se forem apanhados a criticar o Fidel!
    - Quando andei a passear pela ilha não me apercebi que isso fosse bem assim..
    - Ilha? De que ilha é que estás a falar?
    - De Cuba, evidentemente...
    - Aquilo é uma ilha? Não sabia... Lá em Varadero a gente nem se apercebe disso!”

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  2. Minha querida velhota Este seu texto tem muito de Salazarismo, que separou os bons dos maus, porque beato e insensivel,só via e sentia para um lado, será o seu caso. Como Cristão não defendo os criminosos, seja aqui ou em Cuba. Eu quis e fiquei muito sensivel com o exemplo deste pugilista, que acreditava na revolução e que recusou propostas dos americanos e foi para mim um cidadão de eleição.O seu texto, deve ser da idade,debita-me numa classe de elite, lamento não me conhecer para saber de onde venho,onde estou e a humildade que procuro transmitir no meu dia a dia. É curioso que ainda ontem a um meu amigo, dizia-lhe que é pena que as reformas em Cuba, não melhorem as condições de vida das pessoas, se tem já uma organização importante na saude e no ensino, gratuita como sabe.Minha tonta velhinha, eu gosto dos velhos,pois em Montemor,fiz muitas festas de Natal, não me julge pelo que não conhece, porque injustiças sociais, temo-las cá e eu homem da rua, venho dando a cara ,sem me esconder na sua sua suposta velhice . Por fim, mas vou voltar a este tema com a minha querida velha rabugenta, que muitos, mas muitos comunistas portugueses,vivem melhor e sem comparação com a maioria dos cubanos, mas eu respito os ideais dos outros, mas nunca poderei ser cumplice o que a minha consciência recusa
    Veja se entende, tenha essa gentileza,o modo com tratei este grande exemplo do pugilista cubano. Já agoa recomendo-lhe o livro da filha de Fidel, porque tivemos também um sacana que mandou prender e matar os que não pensavem como ele.Aceite um abarço fraterno e na Cova Gala, posso fazer-lhe a barba, não á moda dos ditadores citados mas com o cuidado do meu profissionalismo

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  3. Oh homem você a perder tempo a responder a quem não merece. Já é tempo de ter juíso, olhe que modéstia em exagero também é erro e grande.
    Diga-lhe que tem muita honra em ser barbeiro actualmente, mas já foi um dos melhores cabeleireiros de senhoras na Figueira, e várias vezes convidado penteou no Porto,em Lisboa,e no estrangeiro,a ultima vez na Costa Adriática.Sei do que falo,tambem lá estive.
    Então já não se pode falar de Cuba? Toda a gente sabe a miséria que por lá existe.Têm um bom sistema de saude, e o ensino grátis. Pois muito meritório. E depois? Médicos a viverem na pobreza, na pobreza pois,secalhar é mentira... O Fidel foi grande quando batalhou por uma Cuba livre, mas em breve se tornou Ditador.E mais do que isso, há um nome próprio para quem mata,ou manda matar sem dó nem piedade como ele fez. Este Pugilista acreditou na revolução, e ficou em Cuba. Só prova que nem sempre o dinheiro é tudo, e a felicidade não se adquire com ele. Mesmo no meio dos maiores tormentos há sempre quem não queira desistir deles.
    Acabo como comecei,não ligue a essa pacóvia.
    Um abraço do Rui.(do Porto)

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  4. Ao Anônimo 9 de julho de 2012 02:00:
    pacóvia é a sua avó...
    Chamei-lhe barbeiro, como um elogio.
    Ou queria que lhe chamasse bacharel capilar?...

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  5. Olhe lá, pensa que este Rui é um lêrdo, que não sabe como se expressam as ressabiadas? Com que então elogio? Ele não precisa desses elogios, nem desses, e nem de nenhuns, é um trabalhador normal.
    A minha avó é nortenha,e realisada,e eu também. Pacóvia até é um adjectivo engraçádo, não achou??? Olhe que aqui no Norte são usuais outros,muito mais expressivos até,ouvimo-los a cada passo.
    Achei o pacóvia mais leve, mais gracioso... como a gente se engana...

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  6. Só agora reparei que não me identifiquei.
    Desculpas pelo lapso.
    Claro, sou o Rui.

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  7. Os países mais pobres do mundo.

    Índice de Pobreza:

    1. Chade - 56.9%
    2. Mali - 56.4%
    3. Burkina Fasso - 55.8%
    4. Etiópia - 54.9%
    5. Níger - 54.7%
    6. Guiné - 52.3%
    7. Serra Leoa - 51.7%
    8. Moçambique - 50.6%
    9. Benin - 47.6%
    10. Guiné-Bissau - 44.8%
    11. Central Africano República - 43.6%
    12. Senegal - 42.9%
    13. Timor-Leste - 41.8%
    14. Zâmbia - 41.8%
    15. Gâmbia - 40.9%
    16. Bangladesh - 40.5%
    17. Papua Nova Guiné - 40.3%
    18. Zimbábue - 40.3%
    19. Angola - 40.3%
    20. Costa do Marfim - 40.3%

    Índice de Desenvolvimento Humano:

    1. Serra Leoa - 0.336
    2. Burkina Fasso - 0.370
    3. Níger - 0.374
    4. Guiné-Bissau - 0.374
    5. Mali - 0.380
    6. Central Africano República - 0.384
    7. Moçambique - 0.384
    8. Chade - 0.388
    9. Etiópia - 0.406
    10. Congo (República Democrática do) - 0.411
    11. Burundi - 0.413
    12. Costa do Marfim - 0.432
    13. Zâmbia - 0.434
    14. Benin - 0.437
    15. Malawi - 0.437
    16. Angola - 0.446
    17. Ruanda - 0.452
    18. Guiné - 0.456
    19. Tanzânia (República Unida da) - 0.467
    20. Nigeria - 0.470

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