quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ainda e sempre Ernest Hemingway

Claro que temos excelentes escritores, felizmente que  leio muitos e bons autores, mas a minha simpatia pela literatura simples do escritor Hemingway e a sua turbulenta vida e os desafios que enfrentou com o risco da própria existência, a sua coragem na guerra civil de Espanha, a paixão das touradas e as mulheres,( 4 casamentos,) envolvendo-se sempre em aventuras no limite dos perigos, talvez por isso seja um admirador do Nobel da Literatura, 1954. Longe de vos trazer a sua extra ordinária obra e uma vida de liberdade assumida ,( aliou-se ás forças republicanas contra o fascismo em Espanha, tendo mais tarde sido preterido na guerra de 1918, face a um problema de visão, acabou por aproveitar uma vaga de motorista , numa ambulância da Cruz Vermelha, sendo ferido nesses combates. Em 1916 alistou-se no exercito italiano e é gravemente ferido em combate, teimando viver no limite das suas viagens, inclusive em África
A sua obra ,Adeus ás Armas, com a respectiva paixão por uma enfermeira, define a sua imensa criatividade literária, não sendo a meu ver um escritor de gabinetes ou de festas da sociedade pois fez das suas palavras e dos seus sentimentos os mais vincados exemplos de coragem.
Porém, as minhas emoções para o resto da minha vida , estão em São Francisco de Paula, a 20 quilometros de Havana, onde a sua quinta foi confiscada pelo ditador Fidel de Castro, é um enorme Museu e um concorrido cartaz turístico.
A poucos quilometros situa-se Corrimar, um pequeno lugar de pesca, onde Ernest Hemingway, aportava o seu barco de pesca e convivia com os pescadores que lhes tributavam uma estima familiar.
Foi neste quadro das fainas do mar e apaixonante que escreveu o livro O velho E O Mar, que lhe valeu o Prémio Pulitzer, distribuindo pelos pescadores grande parte daquele dinheiro ganho com a sua obra.
Em 2 de Julho de 1961 em Ketchum, 61 anos de idade. uma arma que pertencia ao seu pai,( também se suicidou,) Ernest Hemingway, já doente, hipertensão, diabetes, depressão, perda de memória, para uns cobardia, e para outros, o assumir da sua própria vida, tal como fez no seu incrível aventureirismo, suicidou-se.
São Francisco de Paula, Corrimar, Havana,formam-se longas filas para se conhecer mais de perto um homem e um escritor que ficará´para sempre ligado a Cuba , que abandonou em 1956, quando Fidel de Castro assumiu o poder, deixando que a viúva do escritor levasse apenas algumas recordações do seu marido
A foto mostra uma das muitas salas do museu em São Francisco de Paula, uma aldeia que parou no tempo , depois de uma revolução já com( barbas envelhecidas) enquanto que as nossas aldeias, apesar da maldição dos corruptos, são um encanto e um verdadeiro paraiso, comparando-as com a "Pátria do progresso." paz, pão, educação e habitação, por amor de Deus não me façam rir, ou antes chorar de muita tristeza pelo destino dos meus semelhantes em Cuba.

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