sexta-feira, 19 de julho de 2013

Da Cova Gala a Versailles, um corte deste tempo e da juventude.

Foi um excelente desafio o corte do Gabriel Avenel, muito exigente e reclamando os pormenores num corte que parece  fácil, mas que me colocou a necessária atenção para que o jovem fosse satisfeito com a sua oportuna exigência.
Pente dois. Depois o pente zero, e na frente um vinco bastante subtil, o que me valeu que o galo não cantou!!!
Então o que era o galo no meu tempo de barbeiro?
Cinco profissionais á cadeira, sabendo-se que as gratificações completavam o salário de trezentos escudos, mês, com cama e mesa.
Era uma luta para atender os clientes que gratificavam, notoriamente. Um deles esse grande presidente do Sporting, Dr. Góis Mota, que se hospedava no Grande Hotel da Figueira da Foz, era generoso com as suas gratificações.
O meu colega Amândio, que se deslocava de Coimbra, para trabalhar na Barbearia Evangelista,(`Bairro Novo) tinha um som inventado por si para todos os (galos) isto é os que não gratificavam.
Quando se escutava CÓ CÒ RÒ CÒ CÒ, ás vezes em surdina, já sabíamos que trazia no bico afiado, os" galos" que não gratificavam
Porém, esta tarde, o Gabriel, talvez por ter notado o meu esforço profissional, calou os galos de todas as épocas, gratificando-me e tecendo considerações ao veterano barbeiro/ cabeleireiro.
Boa viagem e até ao ano, Gabriel e família.

Um comentário:

  1. Oh pá, a isto chama-se corte?
    Eu chamo-lhe tosquia feita a preceito...
    Enfim, gostos...

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