quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

EM TEMPO DE "CARIDADEZINHA".

A época é propicia( que bom seria se continuasse assim) a empolgadas manifestações de sorrisos e boas vontades.Uma  data marcada no calendário e que altera os comportamentos de algumas pessoas, como quem espera uma festa minhota e uns bons  pés de dança.Um amigo meu montemorense, ateu biológico como se classifica, disse-me na sua mensagem que estas manifestações são de foleirice e que adquirir a bula é um objectivo de alguns crentes do Natal.
É pois para alguns, está bem meu caro amigo, estou de acordo. Uma máscara de aparência numa pretensão de ser o que não se é na realidade e isso chama-se com todas as letras o fingimento de comportamentos e a tão badalada hipocrisia.Porém,neste burburinho dos falsos sentimentos não devemos medir todos pela mesma medida, pois vós os ateus também fazem parte deste diversificado universo, iguais em materia e não  terão também os vossos pecados de gula e outros mais da vossa conta e risco?. É certo que acabam por exemplificar a vossa filosofia de vida  e não deixam de possuir os vossos valores humanos  e sociais, basta conhecer a obra de Russel para se chegar a esta conclusão de ser ou não ser cristão.as pessoas estão sempre na base e na essência em todas as diferenças, quer acreditem no Natal ou não
O que defendo e sem mestria exemplar é que devemos aplicar a nós mesmos os  mesmos valores que gostamos que se aplicam aos outros e deste modo o Natal será sempre  quando o homem quiser,ARY DOS SANTOS, garantida a solidificação da mensagem depois destas empolgadas manifestações natalícias, procurando nos outros não os seus defeitos mas as suas virtudes para que a estrada seja menos penosa.e partilhada nas tais boas vontades que só surgem em algumas pessoas, pois, só no Natal.
O meu instinto que vive atolado de imperfeições(, é verdade que se anima pelo Natal,) prefiro que sobreviva depois dele para que não me sinta um corrupto de consciência, já que o que me aconteceu na ponte da Figueira da Foz, necessariamente, podia acontecer-me em Maio ou Setembro, mas aconteceu-me em tempo de “caridadezinha” e logo na manhã e véspera de Natal, como que num repente de agir rapidamente.
A manhã apresentou-se com um forte temporal e a travessia da ponte da Figueira da Foz, no meu leve Fiat Punto,tornou-se bastante cuidadosa.. De  marcha lenta e de mãos seguras no volante, mesmo assim o vento fazia balançar o frágil automóvel.
A abundante chuva e o embaciamento dos vidros, obrigava-me a estender o pescoço sobre a estrada, para enchergar o piso percorrido o mais devagar possível.
Por este facto não me foi difícil visionar um homem que vinha no sentido Vila de São Pedro, Figueira da Foz, curvado pele ventania e de vez em quando agarrava-se ás grades da ponte, e parava o seu caminhar
 Fiquei estarrecido com a  cena do homem em perigo.!!! Já fora de mim, acelerei um pouco mais e fui dar a volta na rotunda que se situa no fim da ponte, voltando de novo há faixa contrária para retirar o incauto aventureiro.numa perigosa travessia na ponte da Figueira da Foz. Há medida que ia avançando não via o individuo e isso aliviviou-me imenso, pois fui pensando para com os meus botões que algum viajante o tinha retirado daquele invernoso temporal, correndo sérios riscos de ser levado pela ventania.

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