quarta-feira, 7 de maio de 2014

Lição de independência.


Debate de ideias e os seus contraditórios( lugar para todos) na cordialidade e na aceitação por eles, é a lição que nos deixou  no seu Editorial, a directora do J.M. Dra Ana Coelho, um quinzenário em Montemor e nas suas 14 freguesias.
Engraxate ou engraxador (como queiram, ou então lambe botas) o que seria necessário,(vos digo) uns  litros de lixivia, para lavar a minha falsidade de opinião, sobre o que hoje venho manifestar-vos sobre o Editorial,  no Jornal de Montemor, escrito pela sua directora. O que sinto verdadeiramente é uma enorme margem de contentamento e ao mesmo tempo, a minha solidariedade para com aquela jovem jornalista, que se afastou de profissionais (alguns) da hipocrisia e da ganancia do poder a qualquer preço, sempre controladores dos que escrevem com a nobre missão da imparcialidade e do serviço publico.
Caracter, identidade, no que deve ser um jornal para todos, eis o A.D.N. do J.M. que saindo quinzenalmente para a rua, traz consigo a deontologia e uma escola que saúdo em nome dos valores culturais, sociais, desportivos, das Terras de Montemor.
Se não está ligado á Câmara Municipal, nem aos partidos políticos, tão pouco ao poder religioso, se caminha só com o seu esforço, como escreveu no Editorial, a jovem jornalista, garantindo oportunidades para todos, como posso calar-me com esta lição de independência do J.M. Desculpem  montemorenses e as suas freguesias, mas este Jornal é obrigatório o vosso apoio, porque dignifica os que trabalham nele, respeitando critérios e os leitores, aos quais  se deve este assumir de frontalidade com deontologia.
A dado passo do excelente exemplo, acentua...Muitos bem se recordam que os jornais anteriores morreram por seus promotores estarem ligados à politica, ou fazerem do jornal meio de propaganda. Porém, a directora é tão novinha que poderia ser minha neta, quando lhe vou falar um pouco o que foram os jornais que de facto morreram na praia, neste caso no rio mondego, porque de metáforas tambem se vive.
s.

O J.M. pode ter mais dificuldades em crescer por não estar vinculado a nenhum poder, no entanto, sempre ouvi dizer que quanto mais se sobe, maior é a queda, escreveu ainda a directora do J.M. Julgo que disse tudo e num instante para bom entendedor.
É certo que o Jornal, do meu saudoso amigo Santiago Pinto, foi um pouco essa mistura, entre a necessidade de sobreviver com o apoio dos trinta contos da Câmara, e o poder de Pinto Correia, uma velha raposa da politica, que terá reduzido o Santiago Pinto, a muitos silêncios que não se justificavam num Jornal, que circulou entre a espada e a parede. O que levou aquele autarca a chamar-me de barbeiro, em tom depreciativo, face ás criticas que lhe fazia, não no Jornal, mas na praça publica. em jeito de panfletada.
Por outro lado e sem pretender fazer comparações com um mensário que publiquei durante um ano e que acabou com dividas, portanto falido( uma loucura do meu tempo por Montemor) como percebo com esta minha experiência, o valor deste Editorial. Se recordar agora o que é a trapagem dos políticos, em qualquer sitio, quando me foi prometido por mês, um edital, da Câmara, pois de outro modo, o meu prejuízo aumentava todos os meses. Assim e deste modo, este editorial atenua a minha aventura e o sonho perdido, porque foi assim que sonhei e sem o conseguir fazer por mais tempo com independendia, liberdade, respeito por todos, porque escrever e publicar jornais, é um serviço de grande caracter, como exemplifica agora a dra Ana Maria Coelho
Só tive aquela publicidade dois ou três meses, pois julgando que podia abrir o jornal a todos os partidos, eis o “crime” de ter aceitado a colaboração de um articulista ligado ao partido comunista, em Montemor, tendo levado pela cara, que fosse pedir publicidade aos meus amigos comunistas.
Daí este exemplo do J.M.caber em mim com razão e compreensão pela valentia desta jovem jornalista, a quem envio um modesto abraço, num trabalho digno de apoio de todos os montemorenses, incluindo as freguesias, porque se escreve hoje com verdade a história das Terras de Montemor.

4 comentários:

  1. Sim,algumas verdades. Porém nem todas. E porquê?
    Falta de memória, ou condescendência?
    Houve alguém que numa reunião nessa Câmara se manifestou exigindo "que se havia comparticipação para este jornal, também tinha de haver para o jornal que ele estava a preparar.»
    De imediato a ajuda foi cortada. Isto sim foi o Principio, do Fim.
    Estou velhota mas não sofro ainda de amnésia... e ainda não esqueci o que passei.
    O nosso jornal durou um ano, com dignidade; acabou avisando e agradecendo a todos.
    O outro, durou uns reduzidos meses, como reduzido tudo nele era...

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  2. Na ultima linha eu queria dizer;
    O outro Jornal durou uns reduzidos meses, como reduzido era tudo, o que a ele estava ligado.
    Dília

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  3. Mas foi o teu amigo socialista, Vitor, é que foi para a CM, onde então tinha assento nessa altura, levantar ondas porque o teu jornal tinha apoios camarários e o dele não...e que não estava certo, blá, blá, blá. Cheguei a ler isso nas actas da CM. Do que eu percebi a CM não quis apoiar um e não apoiar o outro. O Jorge Camarneiro escrevia no jornal desde o primeiro número, número onde saíu logo uma entrevista ao Luis Leal. Cabiam lá todos e o jornal nunca foi de alimentar controvérsias políticas, era bem morno politicamente, do que me recordo, não creio que a CM temesse o que quer que fosse deste jornal, e eu devo saber pois era a chefe de redação.
    Isabel Fernandes

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    1. Quem se mete com políticos leva... Mesmo em montemor...

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