Muitas delas se desprezam a si próprias, é verdade, assumindo o vazio do desprezo das pessoas da cidade, se porventura a indeferênça é um método corrente do relacionamento que não existe, sequer um bom dia para com os que vagueiam sem destino. O alccol, a droga, um rol imenso de incapacidades psicologias, não vertem capacidades para o trabalho e a sua responsabilidade, tornando estes cidadãos á margem de todos os contactos e aproximações. Mas é neste chão igual para todos, que passam as pessoas e não olham na tal justiça da igualdade, fraternidade ( sem que venha aqui soltar-me como paladino do melhor exemplo) as pessoas que vivem na cidade (algumas) assumem exemplos por vezes de que não sou de todo, a pessoa vocacionada para essas aproximações, entre o marginal da cidade e o transeunte, como aquela cena por mim testemunhada e observada com uma pontinha de admiração pela atitude de um individuo.Esse sim, melhor do que do que todas estas minhas tretas, porque agiu em conformidade com a sua consciência e partilha com o marginalizado que ninguém dá atenção. É um cidadão que anda por aí seriamente diminuído pelo alcool ou por doença, mas não deixa de percorrer a cidade de ponta a ponta, fazendo a viagem entre Quiaios e a Figueira, caminhando só e de cabeça enfiada na estrada, Conversava ele com o seu samaritano, num domingo destes, numa das várias artérias em Buarcos. Espanto meu, porque ninguém tem tempo para falar com estas pessoas que caminham sem norte pela cidade, escutando as suas histórias de vida, o certo é que ambos entraram numa pastelaria e eu fui cuscar para alimento da minha curiosidade, feita de esperança e alguma beleza interior.
O cidadão marginalizado e que caminha só no tempo e contra o vento, estrada fora, desde Quiaios, numa acentuada deliquência, estava sentado a uma mesa e saboreava de um prato, leite com café e dois pedaços de pão, enquanto que o seu irmão, de um encontro inesperado e na cidade, tomava um curto café.
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