É certo que tenho um respeito imenso pela matilha, ou sequer por aquele cão vadio que nos faz companhia no Bar, na freguesia de São Pedro, se todos os dias vem ter comigo, saudando-me com o abanar da cauda. O animal gosta da ração que lhe levo, quase garantindo que este amigo canino não vai morder-me, julgo.
E já agora que falo de homens e cães, de amizades, é esta a questão base, tenho sempre algumas duvidas sobre as fantasias de algumas amizades, sobretudo aquelas de barriga encostada ao balcão, de tintos e brancos, vertidos depois na funcionalidade dos maus caracteres e de uma bexiga a rebentar pelas costurasPor outro lado não vendo na feira das conversas banais e dos copos até chegar com o dedo, os valores de uma verdadeira amizade, responsável e assumida no caracter incondicional, preferindo valer-me das palavras e dos exemplos. Talvez por este mau feitio, conto pelos dedos os amigos (poucos) porque não gosto de os iludir com falsas manifestações de folclore, como que recordar um texto, publicado em alguns jornais da região, em que definia que: Entre um ladrão e um mentiroso, venha o diabo e escolha..
Repondo comparações, a meu jeito, o ladrão rouba e desaparece, mas o mentiroso até que se desnude no seu caracter, já enganou muita gente, com a degradação ética que não sabe o que é.
Por mim e jogando num atento sistema defensivo, é certo que fico admirado com as aldrabices, mas nunca chocado, antes pelo contrário, libertado e tranquilo, porque se a mentira atraiçoa o mentiroso, continuo na minha praia, lavando-me por fora e por dentro,dormindo profundamente, o que não acontecerá com os indivíduos que se traíem a si próprios.
Grande texto parabéns.
ResponderExcluirE agora sim um aplauso muito bem "freguesia de São Pedro"
Um forte abraço.