Em Grãndola lamentámos as patifarias

Saúdo-vos no meu regresso ao meu cantinho dos desabafos, agradecendo também a todos os que me enviaram os parabéns pelos meus 74 anos, comemorados em Armação de Pêra, na companhia da minha mulher. Porém, registo uma prenda original do meu amigo de longa data, Antônio Agostinho, de todo necessária para homens( á séria.)
Em meados de Setembro, sempre foi assim, partíamos da Figueira da Foz, regressando 15 dias depois, como aconteceu mais uma vez, já que as férias são necessárias para todos, mas infelizmente, não chega assim para tantos.
O facto é que as férias são para mim e para o meu “Salazar”, o gosto de conhecermos as nossas terras, desde o Ribatejo, a Costa Vicentina, também o Alentejo, quente , austero e convidativo, também trágico, o vivemos e o sentimos.
Por outras razões, eu e a minha mulher, desde jovens combatemos os senhores
absolutos, quando em Baleizão,( na zona de Serpa) em tempo passado, nos curvámos junto da estátua da jovem trabalhadora, morta por um servidor do sistema fascista.
Desta vez escolhemos Grândola, antes de nos instalarmos em Armação de Pêra, qual caribe português, de um país livre, apesar das patifarias de muitos.

A cidade alentejana encantou- nos com. amplas avenidas arborizadas, onde os espaços de lazer convidavam os jovens, adultos e idosos, a divertirem-se em momentos de manutenção física, numa amena tarde de Setembro.
Numa das avenidas lá está o Zeca Afonso. O Complexo Desportivo Municipal, a recordar os sons de Abril..
A Vera Brissos que vão conhecer mais adiante, a trabalhadora de restauração que será no futuro a empresária , face a uma natural simpatia e capacidade de trabalho .Ensinou-.nos também os sítios da Vila Morena e o museu de Arte Sacra,. Porque amamos o que somos e o que nos pertence, permitam-me dizer-vos que é a confissão que nos absolve, e não o padre.. Ainda tempo e reflexão para lamentarmos as patifarias que alguns senhores do poder fizeram as estas terras e a este país, em Grãndola, meados de Setembro