Resta-me no seu texto (comentário anônimo) a ética que nos contraditórios, se entende pelo respeito mutuo e a cada um a sua opinião Vou dizer-lhe o que penso sem uma pinga de ofenda, já que essa não é a minha intenção.Confesso-lhe para já que a sua argumentação de estilo paternalista, politica quanto baste, fez-me recordar as teorias marxistas, devoradas na minha juventude, ou mais em casa, lembrar-me do Paulinho, das feiras e dos mercados, porque um homem vai lendo, lendo, e sente um vazio no seu conservadorismo.. Demasiado pretensioso na sua linguagem histórica, porque agarrado ao passado, não deu pelo mundo a correr a mais de 500 quilômetros por hora.! Depois esse palavrão do unilateralismo. Mas o Senhor é do povo ou é de sangue azul??. Mas foi só a América que invadiu meio mundo e assumiu posições noutros países, o que fizeram os soviéticos? Quem teve razão foi Washington, que já nesse tempo chamou a atenção dos americanos, do êrro de meterem o nariz, sempre com interesses estratégicos, como hoje ainda acontece. O Senhor, tudo quanto seja da sua praia, é melhor e sublime, mas não me deu horizontes transformadores no que tratamos hoje , o progresso e a qualidade de vida do povo, tanto faz que seja cubano ou outro. Será que o seu esquecimento seja do queijo da serra ,ou aquele fabricado com o leite das vacas de Fidel ?. Quando vier de férias, o Senhor que deve ser uma pessoa com humor, pelo menos este texto assim o indica, vai rir-se com as paranóias do seu admirado chefe.O homem está a milhas de Salazar, que também não saia do buraco com medo duma rajada, Sabe ser ditador custa os olhos da cara, não imagina o que eu tenho para trazer a este blogue que ninguém visita, mas as anedotas são infinitas e unicas no meio de uma abastança, que os comunistas portugueses vão interrogar-se como é que é possivel este amor pelo povo, mas que povo meu caro amigo??
O Senhor com esta lição de história comove-me.Sabemos que ela existe em todos os países, só que os países que querem dar condições de vida ao seu povo, não dormem á sombra dela e os seus amigos fizeram-no, ou pior meu caro, deixaram o povo na pobreza e eles vivem na melhor qualidade de vida, se duvidar pior será para as suas aulas de história aos seus alunos, porque com a maior respeito, o seu discurso está envelhecido, por amor de Deus, meu caro amigo, seja frontal e ame as pessoas e não a politica.que de facto é feita por pessoas, que não prestam e por cá as temos aos montes.
Tudo mau em Cuba? Não fui eu que o disse.Tomo posições iguais aquelas que o Senhor, decerto tomará no nosso país, pois pelo seu texto, leva-me a pensar que é bastante interventivo com as suas criticas. Olhe tenho um grande amigo na Vila de S.Pedro, é comunista. Mas é um dos mais sérios que conheci, um dia disse-lhe.. Olha pá, é uma pena se os americanos venham a tomar conta da Ilha, pois o país tem princípios muitos positivos para o ser de eleição, enumerei-lhe.
A saúde, o civismo, a ordem nas ruas, as belezas naturais, mas os gajos deviam mandar o passado ás malvas e promover os investimentos, pagando salários decentes, os sindicatos independentes, Sobretudo soltar os presos políticos, então sim faziam uma nova revolução, dentro da sua revolução, Se querem lá estar que estejam até morrer, mas porra , façam mudanças, deixem sair as pessoas da Ilha, percebe meu caro amigo como vejo a historia dos povos, ou prefere então o marasmo da história, sempre tão importante em qualquer país, mas de todo alimentada com as ondas do progresso, É por isso que meu amigo Marcos, já legalizado em Lisboa, me diz. Olimpo, o teu país é um hotel de 5 estrelas. Pudera, só quem não conhece o conservadorismo dos comunistas, rodeados de silenciosos mistérios, vindo o Senhor com a mesma ideia também conservadora de mais, na qual nada aprendi de novo, porque tudo é passado e memórias, enquanto o desenvolvimento de uma sociedade se faz todos os dias com trabalho e capital controlado. O Senhor, meu amigo meu irmão, parou no tempo!! Venha daí derrubar preconceitos, seja livre e arrojado nas suas atitudes, mas abstratas, não.
Outra coisa. O Senhor, citou e bem o embargo de 55 anos. Para mim é um crime dos americanos, ali nas barbas do povo cubano. São uns gajos estúpidos, ali tão perto, vêem um povo sem nada nas tiendas, um horror , para quem vai de Portugal.Mas meta na sua cabecinha o seguinte. Eu falei com professores e médicos, falei com o povo nas cidadelas e sabe uma coisa?
O embargo serve para os donos da Ilha, se desculparem com a sua falta de capacidade para dar a volta a um pais que visitado deixa vontade de voltar, mas interessa aos patrões do sistema, iludir o povo com o embargo pois ajuda a manter a paz podre.
Fala-me na segurança social. Ò criatura de Deus não seja alma do diabo, o amigo sabe o que são as casas dos avós, o amigo sabe o que são os idosos velhinhos ás portas de casa, á espera que os turistas lhes possam dar uns cigarritos? Olhe; eu corri a comprá-los e fui feliz na casa deles, parecia já da família, incrível que amor de gente.
Vou longe meu caro Senhor, Não paga nada pela lição, porque o Senhor sabe muito de história, mas pessoas são outra coisa e parece-me que embirra com elas, pelo menos aquelas que não pensam como o Senhor, anónimo, ou estou enganado?
Aceite um cordial abraço e desculpe se fui sincero de mais, mas em democracia, olha-se olhos nos olhos e ninguém vai preso ou fica ofendido.
Ó alminha de Deus, obviamente, qualquer processo histórico tem acertos e erros, sucessos e fracassos.
ResponderExcluirMas será que não houve nenhum sucesso na Cuba revolucionaria, será que tudo esteve mal?
É possível esquecer-se conquistas históricas tais como a alfabetização universal e a enorme expansão do sistema educacional, os avanços em matéria de saúde, a taxa de mortalidade infantil mais reduzida das Américas, o acesso universal à cultura em todas as suas expressões, a segurança social, o internacionalismo como expressão da solidariedade à escala mundial, para não citar senão os mais evidentes?
Poderia dizer-se que estes sucessos já não bastam mas, como é possível que os fracassos ou distorções da revolução, que provocam “a nostalgia, o desencanto, as esperanças perdidas” de uma sociedade possam ser apontados sem que uma palavra seja dita sobre o imperialismo norte-americano e o seu criminoso bloqueio de 55 anos a Cuba?
Sem essa imprescindível referencia qualquer crítica a um processo político concreto desliza para o terreno da denúncia abstracta e, portanto, insanavelmente equivocada em resultado do seu míope unilateralismo.
Assim a Revolução teria fracassado pela inaptidão dos seus dirigentes, Allende teria sido derrubado devido aos erros da sua política económica, Arbenz pela sua imprudência em pretender atacar o saque que a United Fruit perpetrava, Juan Bosch teria sisd deposto pela sua obstinada intransigência face ao império, a Revolução Bolivariana está ameaçada devido à sua incompetência e assim sucessivamente. Desaparecem o processo histórico e o contexto internacional no qual este se desenvolve e que, no caso de Cuba, revela a antiquíssima obsessão norte-americana por se apoderar da Ilha; esfuma-se a luta de classes no plano internacional e o destacado papel que coube a Cuba desempenhar para, por exemplo, tornar possível a derrota do apartheid na África do Sul e dos imperialistas em Angola; e faz-se caso omisso do facto de que a maior potência económica e militar da história se tem obstinado, até ao dia de hoje e com todas as suas forças, em fustigar e sabotar a Revolução Cubana.
Evidentemente que não se pode nem se deve ignorar os factores endógenos causantes - em parte e só em parte - dos problemas denunciados.
Mas um diagnóstico rigoroso deve recriar, no plano da análise, a totalidade do momento histórico onde os factores internos e externos se encontram dialecticamente entrelaçados. Na ausência de uma adequada contextualização o inventário dos erros e das insuficiências da Revolução é incompreensível, uma balbúrdia infernal.
Ó alminha de Deus, fica um conselho e de borla.
Modestamente, a meu ver, que quem não esteja disposto a falar do imperialismo norte-americano deveria remeter-se a um prudente silêncio na hora de emitir opinião sobre a realidade cubana.