Ontem logo pela manhã estava um sol magnifico. Eu gosto de fazer caminhadas sem pressa, e ver os pássaros. Fui até Buarcos, o ar fresco e puro que vinha do mar faria rejuvenescer qualquer mortal, e como ainda se respira à descrição há que valorizá-lo e aspirá-lo a plenos pulmões. O mar estava lindo, e as gaivotas voavam activas. Só o facto de não ter chovido nos primeiros meses do ano, e a séca já ser um facto que nos preocupa, não nos deixa alegrar com o actual quase calor.
O mar tenta-me, e daqui a pouco tempo lá vou eu à bulha com as ondas, sempre por perto porque não sei nadar bem. E até lamento, porque na minha terra Casal Novo do Rio, o nome diz tudo, a água corria em frente ás casas,e a população residente alguns tinham barcos (bateiras) e sabiam conduzi-los e nadavam. Os rapazes miúdos ainda, esses então eram exímios na natação. Para ser possível atravessar o rio a pé no verão em que o seu caudal era menor e se desviava para a margem esquerda, construíam uma ponte em madeira pequena e estreita, e só dum lado tinha um corrimão.Chamavam-lhe a prancháda. Era do lado da ponte que não tinha proteção que os miúdos se atiravam para a água, e sem professor todos aprenderam a nadar. Eu também entrava no grupo e tudo correu bem até ao dia
em que um rapaz bastante mais velho, e que já nadava sem mêdo, entendeu empurrar-me a cabeça para a água várias vezes, indiferente à minha aflição de miúdo. Brincadeira que me fez mal, porque não cheguei a aprender convenientemente,e ainda hoje no mar não me aventuro para longe.Mas água pelo peito e com pé, uns mergulhos, um nadar sem arte, mas que me mantém à superficie, é um prazer que não despenso em tempo de verão.
Recordando a tal prancháda deixo aqui uma foto que a minha mulher ainda guarda,foi feita por ela há muitos anos.
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