Convém dizer-vos que o meu combate não tem o ferrete ideológico, ou a utopia das causas perdidas, de um lado os bons e do outro os maus, que existem por mal dos meus pecados, nestas questões de sentirmos a solidariedade e menos conversa no discurso,
O meu combate é dirigido aos da esquerda ou da direita, do centro, os que vêem no homem, o inimigo que deve ser abatido e não trazido aos direitos da vida e da sua continuidade do bem comum. No patamar da negativa tolerância,o que se repara na politica e nas ideologias, é o ódio que gera sempre mais ódio, mas isso não me rouba a paz e o justo sono da noite, já que não é agora que procuro horizontes na sustentação do meu carácter porque ele sempre se vinculou aos princípios da lealdade para com a minha condição social e homem da rua. Não são frases feitas para me iludir e aos outros também, é a cara da coragem e de tratar os "bois" pelo nome. Tudo isto pelo facto de me ter surgido uma fotografia,já esquecida no computador, de um serviço religioso numa Igreja em Havana, no qual sentindo que estava num país em que a liberdade religiosa é lamentavelmente condicionada, (apesar da liberdade do culto,( para tapar os olhos ao mundo) que senti uma alegria imensa por ver a Igreja repleta de fiéis e aparentemente em liberdade controlada como mais á frente vos posso esclarecer.
Não me iludem os que por cá querem vender-me gato por lebre, pois há que tomar conhecimento no contacto directo com os que sofrem a hostilidade e a discriminação do governo cubano para qualquer religião, sobretudo para a Igreja católica, limitada nas suas actividades, cujos requerimentos por vezes não tem resposta. Por outro lado a comunicação social, centralizada no partido comunista não facilita á Igreja Católica, o espaço para a devida informação para as suas mensagens religiosas e quanto á televisão, a mesma dificuldade e limitações. Parece mania esta minha continuada campanha anti- comunista , mas não é,mas tem uma razão de ser, porque jamais seria feliz se visse o meu país mergulhado no tal medo, entre outros lamentos que assino de cruz que a respeitável OUTRA MARGEM, publicou com a responsabilidade descritiva do Sr Manuel Gouveia. Não, meus senhores, ides verificar com os próprios olhos e sentir esse vazio que nos retira esperança e alegria de viver e libertem-se com conhecimento de causa e não queiram para o nosso povo o que já sofreu com o maldito Salazarismo, porque o de Cuba e que muitos por cá admiram, tem um passado de grande humilhação para os cristãos e isso jamais devemos calar e nem tu que vives em liberdade de poderes criticar, falar, seres tu em vida e sentimentos de causas. Por isso não queiras para o teu semelhante o que não queres para ti e para o teu povo.
O padre com quem falei largos minutos e sabendo que eu deixava Havana, dentro de dois dias, manifestou-me a sua preocupação pelas restrições do governo, mas a sua fé é mais forte e não vão conseguir exterminar o cristianismo e a igreja. disse-me já em despedida.
Claro que este choque entre o cristianismo e o comunismo cubano, tem razões profundas na sua analise e comportamentos entre si, mas vence o poder instalado , estupidamemte medroso que os cristãos vivam a alegria da sua liberdade religiosa limitando-os com a sua cruel perseguição, pois há uns anos atrás foram expulsos 131 padres entre outras e constantes restrições á Igreja Católica, em Cuba.
Num pais que garante condições invejáveis á saúde, em que a taxa de mortalidade infantil é superior aos países desenvolvidos, para citarmos também a taxa de alfabetização na ordem dos 98%, tudo isto que fazem á Igreja, só pode ser uma doença que vem do tempo da revolução na Rússia, mas caramba o mundo virou-se todos os dias, mas os velhos do Restelo, ainda não perceberam, que uma mão não lava a outra , mas sim as duas se lavam ao mesmo tempo.
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