Recordo a Republica , em Lisboa e em Montemor; recordo os grandes homens republicanos em Montemor, omitindo os seus nomes, pelo facto de poder esquecer-me de alguém. Recordo o meu simples texto entregue no jornal Republica, em Lisboa, denunciando a violência do professor Teixeira,já falecido, em Montemor, e que fazia da sua escola a pancadaria instalada nos alunos, um castigo severo e doloroso e que chegou a causar feridas que brotavam sangue!
O Jornal Republica tinha vários assinantes em Montemor e imaginem que naquela fase dura do fascismo, em que existiam bufos por todo o lado, um jovem como eu era que já fugia ás cargas policiais nos restauradores, em Lisboa, chegou a Montemor e enfrentou o professor Teixeira , no café Mondego, dizendo-lhe da sua brutalidade, discutindo cara a cara o seu estúpido procedimento.O Emídio dos Santos ainda entre nós tenho-o como testemunha, em Montemor, assim como o José Manuel, o "Zé Mau"em Leiria, que um dia e depois de ter levado uma grande sova do professor, lhe disse;( Mas eu fiz algum mal a este filho da puta para me estar a bater.?) E mais... O José Manuel era e ainda é um acentuado deficiente motor!!!!!
Mas a minha memória vai também para Raul Rego, o combatente pela liberdade de expressão, que enfrentou Salazar e Caetano e que suportou o assalto politico ao Jornal Republica, no verão quente de 1975, altura muito difícil para se falar em democracia e publicar jornais democráticos, então é rever a historia dessa época.
Heide morrer sem saber qual o braço que devo levantar,) afirmou um dos homens mais íntegros e corajosos na ditadura Salazarista, onde incluo os comunistas, tambem Grão Mestre da Maçonaria Portuguesa , em 1988.
Falar do grande democrata Raul Rego e da sua Republica, acusado de ter tornado o Jornal um órgão do partido socialista, acabou por ser expulso pelos trabalhadores, caso que veio a ter grande repercussão internacional.
A vida e a obra de Raul Rego, PENA DE OURO DA LIBERDADE, não pode caber nesta humilde recordação e de um leitor e admirador daquela distante época , mas valho o que valho e estou feliz por esta minha condição
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