Se nada fiz para o retirar daquela penosa existência, como podia? Assumi o menimo da minha consciência, o que deve ser feito, ou seja nunca lhe fechei a porta e assumindo sem lamentos do coitadinho, ou fingidas penas de galinha, o respeito que lhe devia como pessoa e com a minha solidariedade, sentindo-me honrado com o facto de se ter preocupado em despedir-se do seu barbeiro, na Vila de São Pedro. Mas importa refletir neste drama dos cidadãos da rua, alguns por vocação, revelando-.vos também que eles existem na pátria do comunismo, só que em menor escala, por se tratar de um país que não abre as portas á imigração, mas sim ao turismo, dos 3 milhões por ano, daí não acreditar que um regime construído na base do estado patrão, viesse a resolver este desolador problema social. Se alguem o devia ter realizado em democracia, foram alguns criminosos governativos, deitados ao sol da ganancia, feito de egoismo doentio, abatendo barcos de pesca e as vacarias familiares, foi assim por esta via e outras mais que chegamos ao abismo da pobreza instalada, isto porque existiam meios de sustentação para as economias fragilizadas.
Sejamos pois conscientes que nos formatos sociais, quer no pretenso socialismo-marxista, como neste em que vivemos e se resume as gestões correntes do capitalismo, entendido como democrático, mas ruinosamente vexatório nas pessoas de menos recursos, teremos sempre na sociedade a vala comum dos enjeitados aos bens produzidos e que se concentram nos governos e grupos partidários e que crescem depois em soberbas élites sociais.
Á vezes lembro-me do lendário Che Guevara para repor a justiça social, a igualdade, reduzindo estas diferenças entre os humanos, mas ainda não cheguei a nenhuma conclusão de apoio a estes espíritos revolucionários, porque a história me ensinou que se derrubam uns e logo mais adiante surgem outros. déspotas, criando pelas ruas os PÓPÓS do meu descontentamento, por um lado, e feliz por ter belos sonhos em perspetiva de vida, por enquanto..
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