Longe de mim ridicularizar a representação portuguesa no campeonato do mundo, não é essa a minha via e preocupação. Nada mais emocionante do que assistirmos no estrangeiro, ao cantar do nosso hino, porque estão em causa os nossos valores e o orgulho de sermos portugueses, sendo de todo intocável esse amor próprio de nos sentirmos elevados na nossa condição de raça.
Um dado da questão são aqueles valores em todas as modalidades representativas no estrangeiro, com a nossa bandeira elevada ao vento, outra é fazermos,(quem faz)destas participações desportivas, uma caminhada de vida ou de morte, quando sofremos e nos preocupamos,(quem se preocupa) com os dados das famílias a ficarem sem casa porque não as pagaram ao banco, juntando os milhares de portugueses que abandonaram o país e isto dói-me mais do que as derrotas da seleção e do Benfica, porque o país se foi dividindo entre ricos e pobres e com a valeta da vida, repleta de humilhados por um sistema que favoreceu os poderosos.
Ver estas televisões a chuparem milhões de euros aos aflitos da vida, fazendo um aliciamento
constante e diabólico, ás gentes que iludidas, julgam por um telefonema, poderem resolver os seus problemas familiares, ou verificarmos também na politica com a sua descarada corrupção, a miséria dourada dos sem vergonha. Se esta minha angustia e desalento é o sentimento de um radical comunista, então façam favor de me colocar nessa lista, porque muito me honra sentir-me ao lado dos injustiçados, porque felizmente sei para onde vou.
Fui um dos milhões de portugueses que ficaram tristes com aquele descalabro da seleção, mas também faço parte dos que pensam que há mais vida para além do futebol. Vivemos numa sociedade tremendamente injusta e desigual, ninguém se importa com ninguém, é chutar para a frente e passar por cima dos”moribundos e dos cadáveres porque dos fracos, a historia nunca falará neles,”tal qual de mim.
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