segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Os domingos e as folgas

Já vão no tempo muitos anos(talvez 30 ) que fazia dos domingos, feriados e folgas, logo cedinho( para evitar as moscas,) as corridas dos meus sonhos, aventuras, estrada fora e antiga, que ainda faz a ligação entre a Figueira e Montemor.
A minha mulher e as filhas, ainda crianças, só podiam contar comigo, por motivos de força maior, porque sabiam que outra paixão existia, interrogando-me em tais viagens, se eu tinha aqui á porta a Naval, no Bento Pessoa, para matar o vicio do futebol, mas qual o motivo corria para Montemor?
Regressava a casa, no inverno, noite dentro, escrevendo e alinhando as coisitas que trazia para o D.C. e as Beiras, porque os telefones tocavam daí a pouco, incluindo a Rádio Maiorca. Os sonhos e as palavras existiam e precisava de as dizer por Montemor, a fazer parte do mapa regional e eu também. ,Foi assim uma realidade avassaladora num tempo fantástico de muitos outros sonhos e de gentes que fizeram a escola do seu amadorismo nas rádios locais, gente séria e outros nem tanto..
Volvidos 30 anos, continuo com a mesma energia, e com as mesmas respeitosas polêmicas, fazendo o possível para que as pessoas que me rodeiam, não sejam agredidas por mim. Ainda hoje penso, diria cego, se penso que sou sempre o ganhador de todas as causas? Pobre  pateta quem se julga assim no cerco da manipulação e de um doentio umbigo, é um individuo a precisar de internamento.
Volvidos tantos anos, interrogo-me se não fui excessivamente critico desprezando os direitos dos outros no meu estilo de comunicação.Se fui soberbo no meu meio, fanático no relacionamento com os  meus comportamentos discricionários,Volvidos 30 anos, meti a mão na consciência, em dia de folga dos cabelos e das barbas, esperando que daqui a 30 anos, tenha  o mesmo bom senso de refletir a mesma preocupação e o mesmo respeito pelos outros e por  mim, na mesma disponibilidade e na autoanálise e reflexão.

3 comentários:

  1. Sim! Sim! Daqui a 30 anos tens o senso em plenitude!
    Não discordas de nada, isso te garanto eu.
    Garanto e repito, porque tenho a certeza.

    ResponderExcluir
  2. Amigo;
    A diferença é que o amigo no Bento Pessoa seria só mais 1 no meio de tantos (na época referida), já na sua Vila para além de ser o "Repórter Mabor" de boas lembranças, também estava como peixe na água, porque em terra de cegos quem tem um olho é rei, esqueceu?
    Lá todos lhe vinham lamber as botas (imagino eu que nunca lá o vi), mas tenho a certeza absoluta que para o amigo o seu maior triunfo era o nome no final da reportagem nos jornais referidos, confesse por favor|.
    Na realidade a coisa que melhor tinha os seus comentários além do leitor ou espreitador ficar a saber ou confirmar o resultado era a constituição das equipas (e ainda coloco em duvida se estariam certas) veja bem a categoria dos seus então comentários. Mais parecia o Pinto da Costa a comentar um lance ou jogo do FCP.
    Ah..... ia esquecendo de avisar seus leitores que esse tal "biscate" que o amigo fazia aos domingos de tarde lhe dava direito a um cartão de livre transito para os jogos da equipa da sua Vila, tanto em casa como na condição de visitante, certo ou errado? ..............Será que o Zé Santos também não lhe oferecia uma assinatura do DC?
    Portanto meu amigo, de graça não andou não, o seu nome no final da pseudo cronica lhe levantava o moral na semana toda, tem anedotas que ainda hoje o Senhor relata.
    Obs:
    Não sei onde está a escola nisso. Paixonite "maluca/doideira" concordo, escola nunca. Para ser escola gostava de o ter visto carregar os equipamentos, juntar os mesmos no final do jogo, lavar os balneários antes dos jogos, pagar as quotas logo em janeiro para o ano inteiro, adiantar alguma "massa", etc, etc .....isso que é escola.

    Abração

    ResponderExcluir
  3. Pois é meu caro mas o sr.não dá ponto sem nó o sr. não fazia isso tudo por amor á arte fazia-o por amor aos escudos.
    Ainda hoje apregoa aos quatros ventos que a rádio lhe deve as passagens.
    Quem o ouvir falar da rádio fica com ideia que o sr. é um monstro na matéria e uma espécie de madre Tereza de Calcutá.
    Não duvido que ali e ali não tenha feito algum sacrifício mas não se queira alcandorar a um poleiro que não lhe pertence.
    O sr não chegará nunca aos calcanhares de grandes figuras da nossa praça em matéria de rádio.
    No entanto elas estão tristes caladas impressionadas e revoltadas com a situação e era como o sr. devia estar se amasse verdadeiramente esta cidade.
    Abraço com amizade.

    ResponderExcluir

Obrigada por comentar as minhas ideias.Volte sempre!