quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Nudismo à luz do luar, em Armação de Pêra.

Se os afetos fazem o equilíbrio da racionalidade, vivendo-os no tempo e na gratidão, justifica-se que eu me prenda às vivências do passado sentindo-as e percebendo-as como parte constante de uma vida ao compasso do tempo que me reduziu em tempo de vida e o compreendo com humildade.
Por isso Armação de Pêra, hoje um grande centro turístico, era em 1963, um lugar de pescadores, apenas com o Hotel Garbe. Também  um café no lugar de Armação e pouco mais, hoje um moderno Bar Havana. Era ali que um grupo de jovens se reunia para beber café e medronho, não sendo difícil o relacionamento com as inglesas instaladas no Hotel, algumas maduras de idade e de vida.
O Afonso, ainda hoje é proprietário de um restaurante em Armação, arranhava umas tretas de inglês, o resto da malta nem sequer tinham descoberto Camões, mas isso para o caso pouca importava, porque a mocidade é louca e saborosa de se viver
Resta ainda o António  e a Judite,( tem 80 e tal anos), minha colega de trabalho no Hotel, para onde vinha de Lisboa, por ordem do Sr Casimiro, meu patrão, que explorava o salão no citado Hotel.
Voltando ás inglesas e ao nudismo à luz do luar. As  noites foram   vividas na maior em Armação e por onde havia paródia, só que aquele medronho algarvio, batia forte nas nossas  cabeças.Então as inglesas, coitadas, deliravam e a corrida até à praia, acabava num tremendo reboliço e banhos nudistas, que ainda hoje recordo a intensidade da lua, sobre a água que nos atenuava os vapores da louca euforia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar as minhas ideias.Volte sempre!