quarta-feira, 2 de março de 2016

Argueiros, todos os temos...

Hoje deu-me para avaliar em auto-analise as expressões depreciativas que muitas vezes uso. Sim, infelizmente assim é, ou julgam que sou perfeito? Não, não sou um santo, daqueles que com  alegria lavam os pés dos seus semelhantes... Para isso é preciso ser-se muito rico de humildade, e estar para além dos preconceitos que nos servem de prisão.
Áh não...eu lavo-me de vez em quando, mas solto transpiração com facilidade. O corpo fica limpo, mas o espirito como não tem volume palpável, é imune há higiene convencional. Que pena! Tão bom seria que ao olhar a água suja que rapidamente se escoa pelo rálo, eu estivesse certo que nela em mistura igual se iam todas as impurezas de corpo mas também as do espirito, com as  minhas expressões depreciativas, em dias menos bons.
Mas não! E é difícil o desapêgo, embora haja boa vontade. E assim vou vivendo com os meus erros, as minhas fraquezas, quiçá os meus ideais, e nem reparo, porquanto não raro aponto o defeito ao outro, e não consigo olhar os meus, o tal argueiro que  só vejo no olho do visinho, e embora o tendo também não o sinto em mim.
Um dia destes, ao falar com a minha mulher de coisas que nos preocupam, tomei como paralelo ao ponto em questão, a máxima do argueiro que ninguém vê no seu olho, e que neste caso me referia a mim próprio, admitindo-me igual aos que não querem ver os seus argueiros; ela perdeu a paciência com a minha dissertação muita vez repetida, e atirou: então tenta melhorar, e se não fores capaz procura alguém que te ouça - olha vai apoquentar um psicólogo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar as minhas ideias.Volte sempre!