domingo, 27 de março de 2016

Cuidas que me enganas?

Sabes que me fazes sofrer e muito. Quantas são as vezes que te aproximas de pé, entre pé, pisando as alcatifas, os soalhos sujos ou limpos. Navegas pelo mar e rios, nas estradas, é a tua missão, mas nada disto te diz respeito, quantos aos sítios,face á tua implacável  sentença, Para onde quer que olhe, é o negro que me olha de volta e mais não sei das tuas trevas, ó morte, que surges e desapareces, mas não me enganas, ó morte. Nesta quadra  tens na RESSURREIÇÂO, um forte opositor, para que não sejas ainda mais cruel, quando se sabe que não olhas a meios para atingir os teus fins. Felizes os que te enfrentam naquela esperança,(RESSURREIÇÂO) cá por mim só aprendi na minha vida, que não me  vais perdoar por ter nascido, no resto, talvez o sol amanhã, me abra horizontes e me tranquilize.
Conheço-te desde criança, Julgava que não existias.Não dava importância nenhuma ás tuas presenças no meu lugar do Casal Novo do Rio, quando brincava com o arco e construía os carros de vacas, feitos de aboboras, onde não faltaram as rodas e os foeiros, imitando o trabalho dos adultos. 
Conheço-te desde criança, porque em criança tudo são sonhos de inocência, mas fui crescendo, crescendo numa Igreja Católica, que preferiu assustar-me com o inferno do que me propor  a tua paz, ó morte, que não me enganas e depois de ter assistido a tantos sofrimentos, já não me metes medo, porque um dia, finalmente, vais trazer-me a tua missão e a paz da tua essência, pois é para isso que caminhas ao lado da minha vida..

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