quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Dividir para reinar, nem pensar.

A propósito de um comentário  anonimo, que respondeu á minha simpatia pelas praias da Vila de S.Pedro” acabando por me classificar de "embaixador da freguesia” é de tal modo exagerado que só se compreende por pretender atingir alguém a tomar banho numa praia “, com fortes correntes e nortadas!”
Não são ondas que molhem a minha roupagem.O que pretendo é não enfiar a minha cabeça na areia, porque dou a face, detesto anónimatos e assumo as minhas  intenções libertadas de rancor, combatendo a hipocrisia, os intriguistas, os porta - estandartes do mal dizer por dizer só, cujos exemplos lhes fogem  do caracter, acabando por morrer nas suas incontidas tempestades e agitações  mal dominadas pelo bom senso.Tudo isto num individuo que não tem as pretensões de se sobrepor aos outros e dar-lhes lições de sabedoria, basta-me a partilha do que mais gosto na democracia, ou seja, a defesa dos seus valores, praticando-os, tanto quanto as minhas limitações o permitem, mas pelo menos correndo com ela e sempre atrasado e muito, ás vezes dando pérolas, atiradas para a lixeira!
Tudo isto  em expectativa, do modo como sinto e vivo com o povo na Vila de S.Pedro, que por circunstancias da minha vida profissional e do trabalho honrado, me fizeram regredir ás minhas origens populares, na transparência e na expontaneidade, não como “mercenário”, em que o lucro está para além dos  valores éticos, mas por razões de identidade e realidade social que sempre existiram em mim, mas ofuscada durante anos com minha profissão de cabeleireiro de senhoras, onde predominou o elitismo de uma sociedade necessária e que servi,  mas seguramente não era a minha raiz popular e social
Na realidade trabalhar com clientelas de élite, orientando 5 colaboradonas, em que as mulheres são um todo inquisitório, dominadas pelo medo da velhice, exigindo modas e novas transformações nos cabelos, nada tem em comum com a minha vivencia na Vila de S. Pedro, junto do meu povo simples e sem salamaleques, onde tenho sido igual e crescido no que esteve metido num” saco de gatos”.durante muitos anos.
Por isso mesmo  os meus afetos sem que tenha recorrido a bajulações, são a minha origem perdida, reencontrando-me agora com gentes que compreendo e sinto, devolvendo-lhes a minha solidariedade tão simples como isso e a tenho expressado sem fingimentos. Tenho “tomado banho na minha praia”, sentindo-a no corpo e na alma, assumidamente encontrada  e que me orgulho de a partilhar com estima e muito respeito por ela, o qual se justifica mencionar no meu cantinho dos desabafos.
Se as palavras o vento as leva, eu vou ficando por lá com a minha gente e com a certeza de não me iludir com falsas modéstias, porque a mentira sempre teve a perna curta. oriunda da trapalhice e da conflitualidade..


2 comentários:

  1. Continue como até aqui humilde educado e democrata.
    Pena é que alguns bolgs não sigam os seus exemplos de democracia e respeito.
    Pena é que algums bolgs não passem de detratores que batem em tudo o que mexe desde que o alvo não seja a sua cor politica .
    A carapuça serve a quem a quiser enfiar.
    Parabens pelo seu verdadeiro sentido democrático.
    Grande abraço

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  2. Compreendo que uma pessoa de origem humilde se sinta reencontrado com as suas origens quando convive com pessoas simples e humildes, gente do mar e da terra, gente que não ostenta o que não é. Já não aceito bem é que veja o tempo que foi cabeleireiro de "senhoras com medo da velhice" como algo que tenha sido destinado ao fim, como dantes s efazia aos gatos que não se podiam criara e eram mortos, afogados em sacos, ou batidos nesses sacos...A vida é um percurso. Numas etapas sentimos maior identificação do nosso eu com o que fazemos do que noutras. Agora quando se evolui e se atinge ,como foi o caso, um patamar educativo e de postura que ,eventualmente, será ( ou foi) um legado, não se deve relegar tão para baixo essa etapa. Evoluir não é renegar origens. É pôr a render a semente recebida, fazê-la germinar, é renascer numa nova planta. Fui sua cliente no Bairro Novo, e falando em carapuças - como este seu outro leitor, essa do "mulherio inquisitório" não me serve...nem a da fuga à velhice. Escreva com humildade, mas sem tanto rebaixamento - não lhe fica bem, nem à sua história de vida, da qual conheci um pouco. Bem haja !

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