domingo, 10 de agosto de 2014

Não sou derrotista de Che. Apenas contemplativo e realista da sua imortal história

O mundo teve muitos revolucionários que trouxeram algo de novo , mas nem todos com os seus bravos exemplos ( temos o nosso imortal Salgueiro Maia) conseguiram que os seus sonhos se tornassem a realidade absoluta dos seus objectivos revolucionários, porque aqueles que foram na sua sombra, trairam e se acomodaram na hipocrisia do seu revolucionarismo.
As revoluções fazem-se sempre nos mais elementares direitos dos trabalhadores, trazendo consigo a violência revolucionária, fuzilando-se na praça publica os opositores e tudo isto com a miragem de uma nova ordem social...paz, pão, educação, habitação, cujo fundamento é derrotar o capitalismo e promover o bem estar social de todas as pessoas, mas a história (infelizmente ) nunca nos tráz essa sublime verdade.
É que o destino das revoluções, nem sempre são presenteadas para o povo, vejamos o nosso triste movimento revolucionário, sairam uns fascistas e hoje o que temos é um bando de homens sem consciência social, indignos de viver com os valores da democracia, porque a trairam, protegendo os poderosos, por isso meus caros amigos ( com o devido respeito pelas vossa opiniões ) não se iludam e saibam contenplar com realismo, esse imortal guerrilheiro Che Guevara..
Posso não simpatizar com os fuzilamentos na celebre Melécon, a grande avenida em Havana, batida pelo mar agreste, mas estou longe de me sentir inimigo de um homem que acreditou em sonhos e aventuras, que fazem dele em Cuba, um simbolo inacreditavel de popularidade e paixão, depois de 47 anos, da sua morte.
Já se sabe que este meu apontamento, se rodeia com emoções de viagem, e nunca  a presunção de me propor a fazer a sua história, mas apenas naquele  pormenor de o sentirmos por todo o lado, percebendo-se que ninguém fica indeferente ao imortal Che Guevera.
Por tal lembrança do tio e do sobrinho ( Agostinhos, em familia) fui levado com emoção para 3 momentos inesqueciveis, porque realista e respeitador da história. Talvez  Che, se cá voltasse, não gostaria de verificar com muito trabalho dos seus projectos revolucionários, estão ainda em  sonhos por concretizar, porque um povo ter só saúde gratuita, sendo um bem precioso, não chega para tanta heroicidade do lendário Che.
No sábado ao fim da tarde, recordei a viagem longa de uma estrada que liga Varadero a Santa Clara, para chegarmos ao impressionante Mausuleu, verdadeiro santuário do guerrilheiro, carregado de um simbolismo comovente, porque a historia é memoria e reflexão, Depois em  Havana, um estudante que procurava uns pesos ou uma peça de roupa, levou-me a um antigo restaurante, mostrando-me uma sala, onde garantidamente se reuniam, Fidel e Che Guevara.
Mas os impactos feitos de história e mistério , apesar de não simpatizar com o regime, mas isso não entra  neste circuito de observaçôes, foi de facto no Museu da Revolução, com o meu El mano Gilberto, feitas ao fim da tarde de sábado, nas minhas memorias e que quem sabe se um dia devolvidas  a uma sensata realidade..

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