segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Um dado da sensibilidade de cada um .É perceber e sentir o regime totalitário, a outra é fazer turismo e lixar-se para o seu semelhante.

Estou de acordo com a Atriz  Sandra Celas, pois estou .Mas há duas maneiras de sentir uma Ilha Intensa, a do turismo e tudo quanto menciona na sua opinião, dizendo...Cruzei-me com gente tão linda que ainda guardo os rostos na memória. Também  eu  se um dia voltar a Cuba vão esperar-me ao avião e abraçam-me como se abraça  um irmão, eu percebo isso e sei que o povo tão genuíno, marca as pessoas..Tudo bem estamos de acordo. Fazer turismo, não é obrigatório que um viajante se preocupe com problemas sociais, que os veja e faça de conta e não os sinta como seus, mas isso faz parte do caracter de cada um, cá para mim viajar é humanizar-me e crescer, aprender, sentir a cultura de um povo, percebendo o bem e o mal de uma sociedade, vivendo-a intensamente nas duas vertentes, isso é que é plenitude, mas a cada um....
Por isso não venha tramar-me o juízo com fantasias. Sim senhor...visitar Cuba como turista, dizer que Havana é uma das mais belas cidades que conheceu (apesar das ruínas) estou de acordo, pois é.Os cubanos dançam tanto e tão bem, fraternos que sensibiliza, de acordo.Depois Varadero, belezas imensas, de acordo(  onde os trabalhadores são explorados no meio do luxo ) ora isto é calar e turismo puro de quem chega cá vazia e cheia  de cagança por ter estado em Cuba, mencionado o belo que de verdade existe, mas esconde o pior que um ser humano possa ter.Ora eu não quero afundar-me nesse ridículo de tapar o sol com a peneira, prestando aos comunistas, um serviço de propaganda barata, não sirvo para tais mentiras, minha estimada Sandra Celas, onde quer que esteja, estou de acordo consigo, mas lembre-se que existe mais vida para além da sua, percebe?
Sim... Cuba tem tudo isso que me apaixonou também e  para sempre, mas estimada Sandra Celas, mas será que consigo ser feliz só fazendo turismo? Será que sou estupido, burro, insensível, cruel, que não sinta os meus semelhantes? Porque não fala das cidadelas,ou teve nojo do povo? das aldeias, porque não fala das prisões, porque não fala dos salários de miséria e da exploração do patrão estado, onde os trabalhadores são obrigados a sindicalizarem-se para não ter nenhum poder no sindicato?. Porque não fala que os serviços religiosos, tem uma aparente liberdade, sendo obrigados a escrever ao estado, a dizer o que vão fazer ou não fazer na sua Igreja?  Olhe....É a mesma coisa que ir almoçar ás ilhas no Porto, a casa de um amigo rico que me serviu com criados, e ao sair bater com os olhos na miséria dos outros, dá-me logo vontade de vomitar o que me foi servido no meio da riqueza, percebe?
Por Amor de Deus, Sandra Celas, está no seu pleno direito de visitar Cuba e ser feliz, gosto das pessoas felizes ao fazer o seu luxuoso turismo, mas lembre-se que as suas  gentes  são iguais a si, não feche  os olhos ao sofrimento dos outros, ao mistério dos silêncios e do medo, faça as descrições justas e honestas, porque todos ganhamos com a verdade e não deixe passar por si  o melhor dos sentimentos, a solidariedade e a justiça que devemos aos humilhados, e olhe que por cá também temos muito que nos preocupar, ou se temos...

Um comentário:

  1. Mas amigo por favor aceite o contraditório, não vou defender a senhora nem atacar o amigo, mas turismo é isso mesmo ou não? Turistas nada têm a ver com as políticas locais, excepto aquelas que são vocacionadas para facilitar ou complicar a estada do mesmo nomeadamente no que se refere vistos, segurança, impostos e declarações.
    Como é na Madeira? Dizem as estatísticas que no nosso burgo é o melhor local para viver, (pelo menos era assim antes da Troika), sim é isso que o turista vê, mas a população local pensa igual?
    Lá em baixo no nosso Algarve junto a Portimão, a população pensa o mesmo que você e que eu? Será qe a população local pensa que aquilo é um “paraíso”? Quando eu lhes digo que sou da Figª Foz quase sempre ficam espantados e dizem, “mas que veio você para aqui fazer com praias lá tão bonitas?”.
    Onde existe turismo de massas, é sinal da existência de desigualdades sociais, exemplo: No Nordeste do Brasil, tudo bacaninha para o gringo, mas para a população local? O Sr. J. Alavanca não ficou lá a viver porque a esposa não agüentou olhar para a rua e ver a casa vigiada por homens armados com espingarda/metralhadora, nem convivia bem com tanta miséria e injustiça social.
    Quer outros destinos turísticos? Moscovo, o povo russo vive em igualdade proporcional com a grandeza que nos é mostrada naqueles passeios e visitas que fazemos por lá? Ou será que por detrás daquela máquina toda não está uma censura a ajudar a esconder a pobreza?
    Locais muito pobres para a nossa cultura e modo de viver e que já visitei: México, Afeganistão, Paquistão, India, Caxemira, Bangladesh, Vietnam, Tailândia, Nepal e Butão.
    Não lhe vou falar em Marrocos nem Cabo Verde porque é uma indústria malvada que até aceitam Euro para pagarmos a despesa.
    Republica Dominicana, por exemplo, tudo igual a primeiro mundo dentro do resort, lá fora, nem você nem eu nem nenhum turista tem coragem de ir, porquê? Violência, pobreza, miséria, etc. Imagine que até o aeroporto é do Julio Iglésias e a única vista externa ao resort é céu e o mar e, a paisagem que se vê durante a viagem é só para o aeroporto, nomeadamente numa delas, porque costuma uma ser feita de noite e outra de dia por causa do fuso. E o que se observa? Casas feitas com bidons, pobreza e mais pobreza e mais grave, os empregados no resort nenhum (Quando eu lá estive) é da comunidade envolvente/local.
    Como era em Buarcos quando a Figª Foz foi a Rainha das Praias de Portugal? Lembra? Talvez não porque ainda não tinha pego raízes por cá, mas eu explico: Vinham os Doutores e os espanhóis e entre aspas exploravam o pescadorzito e/ou o povo que alugava as casas. Estarei errado?
    Cps
    J.Lérias/FFoz

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