quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Os amigos conhecem-se nos hospitais e nas prisões?

A sociedade sou eu e tu. Propomos  a formatização do colectivo das ideias e dos projetos, evoluímos nesse patamar das questões e das soluções, trazendo daí a complexidade de comunicarmos nos encontros e nos desencontros .Legitimamente  é assim que transmitimos a tua e a minha racionalidade, atravez das palavras e a sua enorme importância de nos conhecermos, diferentes, mas capazes de prosseguirmos com ideias e controversas..
Mas o trivial do assunto de hoje é a ( amizade ) do meu cantinho sem escola e sem leitores, assumido na libertação do que me inquieta, quando pretendo expurgar-me dos conflitos e dos azedumes, verdadeiros roedores de meu bem estar emocional, sacudindo-os do que julgo serem as banalidades e as trapalhices  de ocasião, se outros valores se levantam, os da harmonia e do saber saber comigo e com os outros..
E... Se nos hospitais e nas prisões se conhecem os amigos, justamente com ações e presença, comprometidas com a lealdade, onde a frontalidade se assume,nem  tudo o que parece é ou se vincula a uma sóbria amizade, daquelas outras que não devem ser exigidas, mas mostradas sem a intenção dos tributos de recompensa
Eu não embandeiro em arco com as amizades, o que lhes dispenso é a cordialidade e o respeito mutuo. Não  sou sensível ao temporal  das palavras, misturadas  com a furtiva expressão amizade que acaba por não existir, mas existe vida e comunicação, alegria por  nos unirmos, e não me parece que venha daí algum mal ao mundo. Falo-vos é do rigor e da responsabilidade que se deve assumir ou não no compromisso da amizade, que se aproxima dos irmãos de sangue e que nos batem perto dos sentidos e no sentido de se concluir que a amizade assume critérios e caracter na sua peculiar origem e na sua incondicionalidade.
Sejamos pois nesta matéria cuidadosos e sensatos e não façamos do que parece e não é, caindo no ridículo de nos sentirmos falsos e pobres de espirito, apanhados no alçapão das contradições e do parco discernimento.considerado do meu ponto de vista l muito humilhante, se para isso manifestar palavras e não as  ações.
Tudo isto e a propósito de um montemorense, meu companheiro e amigo de longos anos, agora tragicamente doente, o João de Montemor,como lhe chamava e chamo.Tenho mensagens quase todos os dias de Montemor, mas esta trazia a noticia da maldita doença e que “estrondo” dentro de mim!
Ó não|!!! Não sabia, disse ao meu irmão Toni, vou telefonar-lhe, acrescentei..
O meu mundo ficou reduzido num instante. O nosso passado no Montemorense,surgiu-me superior e recente, andei ás voltas dentro de mim, e falando com a minha mulher, fiz-lhe notar que o João não pode morrer sem que eu mate de vez o meu orgulho e a minha teimosia desnecessária, e vá quanto antes, já que o atrito entre nós já leva tempo de mais.
Achei-me palerma, por só agora com a morte talvez a bater-lhe á porta, eu tenha  sido capaz de vencer o que não presta, e alhear-me das zangas e manias que  considero sem valor.
Mas já há tempo que eu mudei a minha forma de agir perante o menos bom com que por vezes sou afectado, trocando tudo pela tranquilidade e pelos valores da vida.
Neste caso procurei essa paz com um telefonema; umas breves perguntas, e logo após, toda a simpatia na voz da filha do meu amigo  a autorizar a minha visita.
Somos os mesmos, amigos de sempre, mas calados durante tanto tempo. E para quê?
Em breve irei, sigo com atrazo, mas espero chegar a tempo...

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