domingo, 31 de maio de 2015

Ortodoxias a mais, realismo a menos.



Se gosto das palavras que vão para além do meu saber, é para confundir a rapaziada e retirar daí o proveito de me entreter com o apuro linguístico, potenciado na faculdade das barbearias  e dos salões de senhoras.
Neste ultimo sector fui espremido como se faz aos limões, por gentes que não pertenciam á minha condição social, outras gentes no tempo da outra senhora e do beija mão! Lá me fui educando, e ainda grato estou por me terem ajudado a ganhar a vida. Foi neste encontro profissional que me surgiram as gritantes diferenças sociais, feitas de um rigor conservador e que tinham indícios de pouca abertura a novos métodos com as respectivas mudanças, então politicas, nem pensar, o 25 de Abril, estava apenas nos sonhos de muitos portugueses. O”grande mestre” dizia ; para África, já... No seu doentio rigor,afundava-se com a sua ortodoxia, a velha escola do seu isolamento e do orgulhosamente só e foi o que se sabe
Fui sempre contestatário, entendia que existia outro mundo, que não aquele do Estado Novo, o que irritava as fantasias  dos que me rodeavam, conformados com o destino das coisas acomodadas dessa distante época, julgando-os  donos de um rigor e inalterável estado social. Aceitar mudanças ou sequer dialogar novos métodos, era coisa do diabo, quando lhes manifestava a esperança do meu pulsar, originário da minha” faculdade”, por onde tinha passado ás cavalitas de uma medíocre esperteza na prática da vida.
Numa esperada manhã acordei com a realidade do 25 de Abril. Vim á varanda e acenei á multidão, misturando-me com ela e percorrendo o imprevisto sonho !
Julgava eu que o livre pensamento, poderia crescer agora uma nova escola de tolerância e na discussão das melhores causas sociais. Os  "cegos" iriam melhorar a sua visão sobre verdades desarmadas, mas enganei-me o bastante para perceber que ontem e hoje, o conservadorismo de muitos, reagem muito mal á evolução e ás mudanças cíclicas da história, tornando-os sistemáticos e fechados a novas ideias, algumas demasiado tradicionais  e pouco ou nada evolutivas, enquanto vamos suportando (vota na mudança) os abastados do sistema, uma outra questão a ponderar..

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