quarta-feira, 9 de julho de 2014

A cidade que ficou na memória.


Longe de ser um viajante do mundo, mas estive no rumo de uma ou outra cidade e pouco mais  Há ! Se eu pudesse pedir ao tempo que me desse os momentos, entre a memória e o agrado,  seria excelente voltar aos seus silêncios, tradições, deuses e crenças, as suas danças, por tudo quanto é sitio, onde levianamente nos parece não existirem tristezas e mágoas, que existem e as compreendo, como em qualquer outra cidade.
Sem a fantasia do falso sentido o que me retirava o sentimento elevado de todos aqueles encantos exóticos ( reafirmando já aos meus críticos que continuo a não simpatizar com regimes duros dos patrões comunistas ) não me sinto em contradição com a minha sensibilidade de reconhecer uma cultura com duas etnenias principais; os brancos e os afro cubanos, uma mistura que resulta em compromissos de vida e uma solidariedade que nenhuma outra cidade me franqueou, de porta em porta, vivendo e conhecendo, despertando em mim nos momentos tristes de hoje, a força da esperança e do sorriso transparente e familiar, parecendo escutar os sons envolventes das suas musicas, que nos alegram e iludem.
Se uma coisa é o regime e a outra é o pulsar-- viver de um povo  que labuta em imensas limitações ( a cidade que ficou na memória) com um conjunto arquitetónico notável, incluindo as praças das armas e da catedral, os museus, as lojas do rum e dos charutos, a salsa e o tempero, o mambo, que sei eu de memorias que emergiram hoje para me aliviar algumas cargas emotivas do meu dia a dia. Mas é de memórias que ficaram de uma cidade que prefiro motivar-me e situar o meu melhor. na intemporalidade das recordações. que não se apagam da memória, tida como incondicional
Entrando depois pelas aldeias até São Francisco de Paula, sentindo a frescura do enorme vale, onde Fidel confiscou a quinta ao escritor Ernest Hemingway , acabando  por construir ali um excelente museu do escritor americano, um local de intensa presença de viajantes de todo o mundo.
Uns quilômetros depois surgiu.nos uma aldeia de pescadores, onde Hemingway, se reunia com os seus amigos do mar e bebiam até ao amanhecer.. O local onde Hemingway, aportava o seu barco de pesca. O requintado restaurante, com fotografias de Fidel, Che , Hemingway, pequenas estatuas, enfim, a riqueza  histórica do escritor e de um povo que dança e o seu mal espanta e que nos transmite para sempre uma saudável recordação de solidariedade.e imenso respeito nos seus silêncios, devolvidos aos loucos musicais.
Entrando pelo porto de mar de Havana, fundada em 1515, subimos os 8 quilômetros da celebre avenida Molecon, toda ela  frente ao mar, saltando o paredão com fortes porções de agua tocada pelo vento que nos traz e leva as memorias , algumas boas  para sempre, enquanto outras difíceis de gerir nos nossos dias.

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