O cliente em questão,(homem sorridente e educado nada tem com fanatismos radicais ) em férias na Vila de São Pedro, seguidor do meu blog na América, não perdendo o habito na sua terra, da continuada leitura dos meus modestos textos, falou-me e quase me pediu esclarecimento sobre a minha simpatia por Cuba...
Curiosamente, desta vez ficou admirado por me ter alongado sobre a cultura cubana, chegando a dizer-me que não sendo eu um assumido comunista, como podia escrever e sentir daquela maneira o país dos comunas, manifestando-se , sem reservas, o seu anti comunismo e que não percebia a minha simpatia por uma Ilha, por ai fora com a sua opinião.
Claro que não foi difícil mostrar-lhe que uma coisa é o povo, as suas tradições e as belezas da Ilha, outra é ser radicalista e não saber separar a ditadura fascista, de outros motivos culturais , que nada tem com o sistema politico dos patrões do comunismo, que alguns patetas desejavam para o nosso país, lá se ia a qualidade de vida, as greves e o ódio pelos patrões, são tolinhos de todo e nem sabem onde se metiam..
Além disso como é que se compreende todos os anos, 3 milhões de turistas,que chegam ao aeroporto em Havana. Terão que ser todos maltrapilhos de consciência, traindo-se nas suas opções cívicas, ou são obrigados a estar de acordo com um sistema ultrapassado? Mas tem a particularidade de um povo alegre solidário que canta e o seu mal espanta. Só prova que não sou seguidista e não vivo com um saco enfiado na cabeça, procurando o melhor, já que não posso fazer mais nada, saindo lavado com a minha consciência na análise da situação.
O meu caro cliente acabou por perceber a minha posição , sensível a um povo sacrificado pelos ditadores (estes por cá foi o povo que os colocou no poleiro )dando a entender que ao regressar á América, quem sabe se não fará uma viagem a Varadero, onde os trabalhadores são explorados como seres descartáveis, apesar do seu anti comunismo forte e feio, ao contrário do meu que não vive de radicalismos e o isolamento de critérios que não me deixavam margem de me sentir livre nas minhas noções de equilíbrio sobre o razoável e o condenável.
Claro que percebo que um comunista, que não é o caso do meu cliente ( dos tais fanáticos e que acreditam em milagres ) julgam-me o pacóvio da esquina, mas olhe que não, mas olhe que não, porque na democracia existe diversidade de opiniões, sempre aceitáveis no respeito mutuo. Se não percebe a minha posição, está a candidatar-se a ditador, ou coisa que o valha, ou ainda é mais cego dos que não querem ver a logica da questão...A cidade que ficou na memória.
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