quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Ó triste ingratidão.

Preciso de manifestar as minhas palavras com o que me magoa .Assumindo-as nos pensamentos e depois nas atitudes, e não dizer uma coisa e fingidamente pensar outra, como que soberbo e ingrato com os meus sentimentos para com os que me rodeiam.Tão pouco  bonzinho, que justifique  as palmas da hipocrisia o que rejeito de todo. Foi   triste para mim vê-los partir e depois de tantos anos em que as suas dedicações foram exemplarmente honestas na Foz Mondego Rádio,Foi chocante e penoso, vê-los partir aos que foram carolas, se na despedida mereciam ao menos uma palavra de gratidão dos responsáveis da empresa. Restam  apenas dois que ficaram da anterior rádio. Miguel Machado e Jota Alves. O primeiro que defendi como se fosse um trabalhador humilhado.Por  escrito e uma vez em direto de um programa, de tanto desprezo social e humano no seu dia a dia, repleto de dificuldades, o segundo que não conheço a não ser dos jornais e que não precisava que o defendessem, face ao seu estatuto, mas adiante nestes desabafos entre o caracter e o destino de cada qual, neste mar revolto de injustiças
Seria ingrato, até porque poderia esquecer-me de alguém, ao trazer-vos essas colaborações exemplares  de longos anos com os seus nomes.Justificava-se que o fizesse, se reconheço que não há sentimento mais delicado e fascinante do que sermos gratos  e fieis aos que nos deixaram o melhor das suas carolices numa causa da cidade, a rádio da Figueira da Foz. Vamos enterrar a falsidade das palavras e vamos sentir por dentro a angustia da ingratidão que nos magoa e nos torna infelizes, vamos ser os outros em nós para perceber como sofrem com as ingratidões que nos pertencem pela sensatez do que somos da nossa solidariedade e denunciando as injustiças  que mais logo nos podem cair também em cima do nosso quotidiano..
Calar estas palavras, seria vender-me num mar de trapalhices. Não  quero andar pela cidade de cabeça baixa e envergonhado ao olhar para velhos  companheiros de longos anos, sem que lhes tenha manifestado publicamente os meus agradecimentos e a minha solidariedade, o que competia aos  gestores que agora negociaram aquela estação de comunicação com a Mundial F-M.
Fui repescado, pois fui, não é pelos meus bonitos olhos, mas sim porque me bati de olhos nos olhos pelos valores que não abdico. A frontalidade e a seriedade de processos na minha comunicação com todos e sobretudo por ter defendido os mais fracos Facto irrelevante e pouco apreciado pelos que deviam assumir os valores da fraternidade,respeitando os humilhados da vida, trazendo-os para a devida dignidade de os sentirmos iguais a nós . Fiz das palavras  a minha sobrevivência e quem não gostar dos meus processos, façam favor de me abrir a porta, eu saio no momento com a cara de barba feita e lavada, como convém a indivíduos com mau feitio?. Saúdo pois com a mais sincera solidariedade os meus companheiros de longos anos, agora despejados sem uma palavra de reconhecimento pelas suas dedicações á rádio da Figueira da Foz, deixando para os gestores o respeito dos meus cumprimentos e que percebam o motivo do homem solidário e não o odioso da questão, que não se ajusta neste desabafo.
Abraço certo para os que sabem "morrer de pé",se penso que amigo disfarçado, inimigo dobrado.

2 comentários:

  1. Caro amigo desde já os meus parabéns pela coragem e frontalidade do texto só o define como um homem honesto.
    Apesar de tudo só quero dizer-lhe que o que está a acontecer só é surpresa ou novidade para si porque como já aqui foi dito o Sr.e com todo o respeito nessa instituição é um peixe fora de água.
    Não sabe a história disso, não sabe porque é que isso chegou a esse ponto,não sabe quem tem a culpa,não conhece bem as pessoas,enfim o sr. chegou agora e só sabe o que lhe mostram.
    Ingratidão é o ex libris de certas pessoas.
    O problema ás vezes neste País não tem tanto a ver com a falta de paixão ou os elevados custos o problema tem mais a ver com a incompetência de quem dirige que para disfarçar a sua ignorância na matéria atiram as culpas para cima dos custos elevados ou da crise quando por vezes a única crise que existe é a falta de capacidade para desempenhar os cargos para os quais foram á pressão incubídos.
    Já vai sendo hábito neste País e como o sr. já aqui disse as instituições não podem estar á mão de semear de qualquer um.
    Infelizmente é preciso é poder é preciso é protagonismo o resto
    que se lixe quem vier atrás que feche a porta e o ultimo a sair apaga a luz.
    Cumprimentos.

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  2. Nesta vida consta-se que há quatro classes:Os patrões ,os trabalhadores,os oportunistas e os vendidos.
    Esta cidade em constante progresso não podia passar ao lado de tão importante fenómeno.
    Tenho dito porque não me apetece dizer mais nada.
    Bom dia.

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