quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Perdi tempo?

Nunca foi uma estrategia em me iludir com as sabedorias da escrita, mas  o sentir do meu empirismo nos textos e nos parágrafos, não vestindo fatos emprestados que nunca tiveram a medida do meu corpo. Sobretudo, quanto a semânticas, deixo para os eruditos   o significado da sua estrutura, quantas vezes odiosa e fútil, mergulhada em desesperos de causas e perseguições.
Quanto me basta, assim;  é a minha objectiva  espontaneidade na  sua envolvente aproximação ás pessoas, comunicando-lhes solidariedade e os meus comuns anseios, ao fazer  da escrita não a catedral do ( falso culto do intelecto)  mas a razão e o humanismo das minhas devotadas causas populares, porque elas são o meu saudável alimento ético e porque não dizer-vos a função espiritual.
Por isso não admira que uma ou outra pessoa me moralize, enquanto outras (naturalmente ) debitam as suas opiniões e tantas são o pronuncio critico e que recebo com agrado neste  labirinto de sermos iguais e diferentes nos pensamentos, Não me parece que tenha perdido com o anonimo que por graça me comentou um texto, deixando escrito pelo adiantado da hora, que andava por cá neste silencio da noite (ó tranquilidade ) envolvido com os fantasmas vingativos.
O cliente atento e critico, sentado na minha velha e familiar cadeira de trabalho, onde se escutam e guardam segredos para  sempre, disse-me que eu perdia tempo com anônimos e fantasmas e que ele nunca seria capaz de se envolver de tal modo, como o venho fazendo sem azedumes ou queixas complexadas. Não, não, meu caro cliente, tem apenas  a sua opinião e sabe qual é a minha ?
Se não fosse o anonimo ter escrito que eu possuía fantasmas, teve até a sua graça, nunca teria recordado e prestado a minha homenagem tão profunda e sentida á minha"pobre Mãe"que na circunstancia viveu comigo naquele  texto o distante tempo dos incensos queimados que afastavam os demônios na sua absoluta crença.
Por isso não perdi tempo, ganhei respeito por tempos e memórias que vivem comigo e que  assumiram o forte sentido porque existo ainda e com gratidão pelos incensos que não aceitava da minha saudosa MÂE.

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