quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cuidado Com Eles.

O Pedro Cruz tem as imagens no “sangue”, está sempre pronto a disparar no que entende fazer a sua arte. Estes cavalheiros sentados na esplanada do Bar Beira Rio, são o Sr.Ferrnandes, o empresário da funerária Mondego, que sabe cuidar dos defuntos com dignidade, depois temos o pai cultural. O Agostinho, ideólogo do grupo, defende as suas teses até à exaustão, constituem os três da vida airada, quer seja no cafézito, ou então nos programados convívios das almoçaradas, onde se um diz mata-se outro diz logo esfola-se. Por fim temos o” pára-quedista”, o barbeiro-cabeleireiro lá do sítio, que exemplifica na prática a sua solidariedade, sempre pronto a meter a sua galga,fazendo intrigas de amizade no imprevisto e na chalaça. Agora descoberta a sua careca, já ninguém acredita. Boa, boa foi a patranha com o Pedro Cruz. Estava eu a cortar-lhe o cabelo e disse-lhe com muita severidade e revoltado:”Olhe o seu tio só não lhe vou mover um processo, porque prezo a paz e o sossego com as pessoas. - E continuei - Nunca imaginei que o seu tio fosse capaz de fazer o que me fez, mas isto não vai ficar assim”, e mais argumentos de ocasião e exaltação.O bom do Pedro Cruz, quando olhei para o espelho, estava preocupadíssimo, de cabeça baixa, muito triste e pensativo. Eu ria por dentro com a brincadeira e com prazer. O Pedro tinha acreditado, era a minha” vitória da maldade”e da expontaneidade do riso. Na saída e ainda não refeito do inesperado conflito com o tio, uma encenação convincente, ainda me disse: “Vou já para casa para falar com o meu tio Agostinho.” - Vá ,vá, mas não o traga, pois tudo se pode complicar ainda mais” - ,disse-lhe. Julgo que a primeira coisa que o Pedro disse ao tio quando chegou a casa, terá sido:” Olha lá o que é que fizeste ao Olímpio?” - Mete-te com ele mete, olha que ele é maluco de todo! - disse ele ao Pedro. “Mas olha que eu acreditei mesmo na pêta do gaijo,” respondeu o Pedro

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A História do Montemorense.

Estas fotografias, e se a memória não me falha, estavam na sede do Montemorense. Falei, em Quinhendros, com o fundador do clube, Sr. HermínioVeloso e também com o Antonino Leal, ainda entre nós, o único que ainda vive no Lar em Montemor.
Na fotografia de 1947 recordo o árbitro Rita Rata.Tinha um acentuada saliência nas costas e era gago o que originava alguma confusão nos jogos, porque discutia muito com os jogadores.Vi jogar alguns destes montemorenses e outros que eram de Coimbra. Iniciei por essa altura as minhas visitas á sede no Terreiro Queimado e depois na Rua Direita. Um dia não pagaram a renda ao senhorio e ele colocou os tarecos na estrada. Estes contactos com os que tinham participado nas actividades do Montemorense, foram importantes fontes de informação, mas cheguei nessa altura à conclusão que este trabalho devia ser feito por um historiador, face aos materiais encontrados e imensas histórias que por mim foram escutadas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

1938 ---- 2010 Honra e Glória do Montemorense.

Em 9 de Setembro de 1938 foi registado no Governo Civil de Coimbra, por Joaquim Galvão, residente em Montemor-o-Velho, o Atlético Clube Montemorense. Deste modo e no próximo sábado iremos festejar os seus 72 anos, numa festa que consagra a riquíssíma história de uma colectividade do povo, que ao longo destes anos mais de 25 presidentes de direcção e outros tantos na Assembleia Geral, assim como no Conselho Fiscal, justifica serviços e tradições
na Vila histórica do Baixo Mondego. O Montemorense esteve em agonia durante uns anos, mas um grupo de Montemorenses, cientes da sua responsabilidade colectiva e sentindo o dever de projectar a memória do Atlético no presente e para o futuro, aí está de novo e relançar a velha colectividade. Escrever sobre o A.C. M. que se fez de sangue, suor e lágrimas, é tão delicado que me atrevo só a trazer-vos as fotografias dos seus fundadores. Antonino Leal ainda entre nós, está internado no Lar de Nossa Senhora de Campos, onde com frequência o visitamos e nem sempre a sua lucidez é propícia a recordarmos a nossa e a dele paixão no clube. Os restantes já partiram e são aqui recordados com o imenso respeito e gratidão pelo trabalho realizado em 1938.No próximo sábado, na Moagem, lá estaremos com o orgulho de termos partihado a sua história, servindo o melhor que foi possível e agradecendo aos actuais dirigentes este esforço de não terem deixado acabar o glorioso Montemorense. Muitos atletas que jogaram no clube aparecem no jantar de aniversário e decerto que o Dr.Maló, que não sendo montemorense , mas que sente a terra como sua, lá estará com o seu apropriado discurso

sábado, 4 de setembro de 2010

Alves Barbosa jogou futebol no Atlético

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O troféu Alves Barbosa, a prova de ciclismo que se realizou em Montemor e na Região da Bairrada e na qual participaram 127 ciclistas oriundos de equipas portuguesas e espanholas, levou-me à decada de 1940/ 50 e também a 1960, para recordar que o popular Tó Barbosa, que surge no livro Factos históricos do Atlético Montemorense- escrito por mim em 1992 e com o apoio dos saudosos companheiros e amigos Santiago Pinto e Fausto Caniceiro - como futebolista por terras de Montemor. Sendo ainda hoje uma glória do Ciclismo Nacional, não tenho ideia de ao longo da sua carreira se ter feito referência a esta curiosa participação no futebol montemorense nas épocas já citadas nesta curta imformação. Naquele livro que menciona o percurso como ciclista e a sua passagem pelo futebol em Montemor, pode ler-se que a explosão técnica do ciclista deu-se em 1951, quando Alves Barbosa, apoiado pelo seu pai, surgiu bem apetrechado, técnica e materialmente, revolucionando a modalidade quando tinha apenas 19 anos de idade. Alves Barbosa nasceu em 1931 na Fontela, mas foi com os seus pais para Montemor ainda criança, onde criou familia e ainda colabora em provas de ciclismo.
E porque estamos numa fase de viver memórias, aqui ficam algumas notícias recortadas do livr

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O ridículo do Salazarismo

(Clicar em cima da imagem para ampliar)

O Jornal a Bola publicou um suplemento, Jogos do Centenário, onde se recorda algumas facetas de uma época distante, como por exemplo Batista Pereira e a sua travessia da Mancha e a luta contra Salazar, a tipografia do Avante e os guardas enganados e a proibição do hino do Benfica, tudo isto em 1953, tinha eu 13 anos.O suplemento tem as memórias de um tempo que classifico de terrivel, não só pela pobreza que existia e sobretudo a crueldade do fascismo que martirizava as classes populares, afirmando-se em apoio á ditadura que votar em Salazar era garantir a paz e o pão. Com a devida vénia, recortei do suplemento estas notícias que demonstram por si
o ridiculo de um sistema social que caíu podre.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cultura e gastronomia.


Situa-se na Quinta da Gardoa em Montemor-o- Velho, e justifica uma visita em família, não esquecendo as crianças, passeando em longos trilhos e pela sua imensa natureza, à sombra de saudável arvoredo.
Sentimos que partilhamos outra vida, a dos animais, de sons e de cores intensas, como a dos pavões, araras e outros bichos da nossa simpatia. Montemor-o-Velho está situado entre Coimbra e Figueira da Foz, para os que não vivem na zona centro do país, mas a vila histórica do baixo Mondego não oferece só o parque da Europaradise.Os seus monumentos do século XVI são dignos de uma visita, como por exemplo a Igreja dos Anjos, a da Misericórdia, S.Martinho, onde o padre João Direito me presenteou com alguns tabefes, porque já nessa altura não era muito católico, enfim, Montemor é uma Vila que convida a um dia de lazer. O Castelo e sua
Igreja de Alcaçova, de triste memória na morte de Inês de Castro, é outro interessante motivo de meditação sobre a nossa história.
O facto é que o homem não vive só do espírito e da sua transsendência, porque o organismo pede matéria e até nisso Montemor sabe receber, ou não fossem os seus
Restaurantes, a gastronomia cuidada e saborosa. Mosteiro, Floripes, Moagem, Grelha, Mondego, são a garantia para uma visita a recordar no tempo e na memória dos bocados bem vividos em família ou com amigos.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Amor sem limites.



Dom inestimável para a humanidade, sempre a ferro e fogo, por um pedaço de nada, a madre Tereza de Calcutá, viveu o seu belo caminho para os outros, oferecendo a sua vida diante da miséria e dos excluidos.
Foi no meu modesto parecer uma verdadeira revolucionária dos sentimentos e das
palavras, não odiando ninguem, tão pouco gritando onde quer que fosse. Sinto-me
demasiado pequeno para vos falar de Madre Tereza que lutou silenciosamente contra a brutalidade das desigualdades, quanto injustas e desumanas. O mundo crente ou não, recordou-a agora nos cem anos do seu nascimento, a 26 de Agosto de 1910, falecendo em 5 de Setembro de 1987, com 87 anos. A sua obra vive em 130 países com as suas 710 casas, tratando do sofrimento até ao limite da dor, porque dizia que não interessava o que damos, mas sim o amor que pomos naquilo que damos. Uma vida e um grande mistério de amor no qual me recolho silenciosamente sobre o exemplo que me deixou.

domingo, 29 de agosto de 2010

O meu candidáto é Fernando Nobre

Em democracia ninguém empurra ninguém e numa fase em que os valores políticos, são o que todos sabem, esta candidatura de Fernando Nobre, justifica para mim o meu voto. A vida deste homem está repleta de exemplos e de acção e nunca de promessas e mentiras, tão pouco não fez carreira no ódio contra os outros que pensam diferente, evidenciando sempre a elevada postura da sua solidariedade. A candidatura de Fernando Nobre envolve já dois mil voluntários e cerca de 20 mil apoiantes. Por enquanto não há empresas contratadas a trabalhar na campanha, que deverá ser contida, mas digna em termos de gastos. Falar de Fernando Nobre é ter a certeza de falarrmos de um cidadão sem mácula e que não serve as tricas políticas, mas a justiça social e o bem comum.Várias condecorações atestam a prática da sua vida, coordenando pelo mundo vários apoios e em situações dramáticas. A política e os seus interesses imediatos nunca fizeram parte das suas estratégias, e o país está assim como está com a perda de valores e a sede de poder de alguns e sempre mais do mesmo. As clientelas são a vergonha dos partidos e dos que agora gritam nos palanques o melhor para o povo. Já não acredito nos seus discursos estéreis, mas reconheço que a democracia é fundamental e o povo deve votar numa nova ordem política e social, pois é o que eu vou fazer nas próximas votações, nesta e nas vieram por aí

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Nelson Èvora vai ou foi descobrir o Norte.


E porque hoje estou numa de interioridade, aproveito para vos falar das minhas manias, supostamente perseguidoras, quanto a este já gasto assunto das férias cá dentro.O certo é que a Dr.Emília Marques, que me receitava calmantes para que eu
estivesse calmo, quando penteava nos festivais dos penteados, dizia-me que, se as pessoas pensavam que tinham só uma mania, enganavam-se redondamente, pois possuiam duas, com a hipótese de uma curar a outra. Falta dizer-vos que era uma distinta médica, tambem psicóloga e que escrevia para as revistas da especialidade sorte a minha que lhe vendia os meus serviços de cabeleireiro e levava banhos do seu saber. Mas o que tem isto a ver com o campeão olímpico? É que o Sr. Nelson Évora prepara-se para fazer milhares de quilómetros, pelo que se entende que aceitou o desafio do Sr. Cavaco Silva, fazendo férias cá dentro. já que pelo mundo tem sido a vida desportiva do atleta. E eu, com as tais duas manias, continuo a bater no céguinho, mas esperançado que o nosso viajante não perca a oportunidade de saborear as papas de sarrabulho, em Braga, dando um salto ao Sameiro, onde no Restaurante do irmão do Agostinho, não o meu amigo da Cova Gala mas o da selecção, tem para provar um bacalhau excelente. Depois Mirandela e as suas alheiras, enfim, uma gastronomia própria da região e sempre o verdinho a sair da pipa, deixando a tigela marcada por uma cor levemente avinhada e genuina. Mas do norte vai ficar cliente o atleta, se no Porto e na ribeira beber a sua tradição e sentindo a franqueza da sua fraternidade, porque no Porto, carago, tenho colegas e amigos de 40 anos e sei do que falo. Por tudo isto, julgo que o Sr. Nelson Èvora é que sabe de si e da descoberta que vai fazer ou já fez a uma parte do belo país que temos, porque cá dentro temos as raízes e a humildade das nossas gentes e sentimos a sua e a nossa nacionalidade

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Faça-se chefe de organização no barco do amor da poíitica

Sou conscientemente pelo contraditório, admitindo que a razão e a discussão
dos assuntos tenha mais do que uma reflexão, construindo deste modo outras referências sobre as matérias em análise. Está certo, admito, venham daí outras opiniões sobre as incidências do tema. Neste Verão e em todos os outros a navegação é sempre a mesma quanto aos discursos dos nossos “queridos políticos”. É que pela natureza dos seus meios, heranças ou pelo facto da sua carreira no sistema político, pertencem a uma classe endinheirada, o que, acreditem, não me faz inveja, porque o que está em causa neste texto de opinião é a safadeza com que estes “ratos de sacristia”- ou do porão?!! - conseguem iludir o Zé Povinho, reiventando em luxuosas estadias à beira mar, ou em cruzeiros, a mesma treta de sempre, desesperadamente, porque está em jogo o poder e as suas nobres clientelas que esperam pelo cargo, beneces e favores, e tudo em nome de um país, dividido entre ricos e pobres. Sem hipocrisias e como cidadão da rua, se a alguém devo favores é à minha família e porque não aos milhares de clientes de uma vida inteira, por isso não venham pedir-me mais sacrificios pela Pátria. Peçam sim áqueles que têm reformas vitalícias por terem vendido banha da cobra entre 8 a 12 anos ou menos até. Esses sim devem sentir vergonha ao ponto a que chegaram as finanças do Portugal deficitário, quando todos os portugueses sabem que se serviram bem a si próprios. Mais de meio milhão de portugueses estão desempregados e o povo não quer aprender e vai em jantaradas e comícios para os colocar no barco do amor, ou seja, nos vícios e mordomias do sistema e dos pomposos discursos. Quem me conhece sabe que o digo por desabafo e nunca por convicção ideológica, mas é que se tem passado neste país,permitam-me a ironia.Volta Salazar que estás perdoado!

domingo, 22 de agosto de 2010

Ser Benfiquista é ter na alma duas derrotas seguidas!


Recordo como se fosse hoje o dia em que fui ouvir o relato do Braga-Benfica na taberna do Ti-João. Não tinha mais que sete ou oito anos de idade e o Benfica perdeu por um-zero, e já lá vão mais ou menos 62 anos.Casal Novo do Rio, a Barca a cinco minutos de Montemor-o-Velho, ainda não tinha luz eléctrica. Era nessa época um lugar profundamente rural e de uma pobreza social que me marcou até aos dias de hoje,mas voltamos ao Benfica.
O rádio estava numa prateleira, parece que ainda hoje o vejo! Era movido por uma bateria, sendo deste modo a referência maior na taberna e no lugar da Barca, onde também se jogava as cartas e o lançamento da malha. Não sabia que existia outro
mundo, mas aquele relato da bola despertou-me uma imensa curiosidade e voltei
sempre à taberna do Ti-João para ouvir os relatos do Benfica. Nesse tempo não eram necessários subsídios de natalidade, pois existiam muitos putos e daí termos escritouma carta ao Glorioso a pedir equipamentos, botas, camisolas, pois o nosso sonho de crianças era fundar o Benfica do Rio. Responderam que não tinham esses materiais e como seria interessante publicar hoje essa carta, vinda de Lisboa. Entretanto com os meus 14 -15 anos, e já como barbeiro, dei o salto para a Figueira da Foz. A cidade encantou-me sobre todos os aspectos e por aqui fiquei até aos 20 anos de idade, sem nunca ter deixado de visitar as minhas raízes da barca e Montemor que me têm acompanhado até aos dias de hoje. Veio a tropa na P.M. em Belém e as mudanças profissionais em Lisboa.O Benfica estava no meu caminho e a simpatia solidificou-se no vermelho. Recordo Eusébio e a campanha europeia,o velho estádio e agora o novo que visito com alguma frequência. Considero uma loucura o que se passa no Benfica, cujo investimento pode ser um grave problema a médio prazo,se a equipe não pontuar e melhorar a sua produção de jogo. Duas derrotas em dois jogos, vamos ter a esperança que tudo se pode alterar para melhor e um benfiquista de gema não muda de emblema

sábado, 21 de agosto de 2010

Um pulo ao Gerês.

A Vila termal do Gerês, antiquíssima, fica numa região que a natureza moldou à sua maneira e com rara beleza. Rodeada por lagos e montanhas, justifica uma visita e ali tão perto São Bento de Porta Aberta, e depois Terras de Bouro, com o seu saboroso bacalhau, o vinho verde e a broa de milho. Napoleão dizia que os homens se prendiam pelo estômago. O facto é que sendo uma necessidade fisica, não é só por aì que me sinto seduzido por esta bela região do país diferente e única na sua cultura e paisagem. Milhares de pessoas visitam o Santuário, porque a fé é de cada um e livre de ser assumida, enquanto pessoas crentes ou não.Mas a tradição do termalismo remonta à época dos romanos,mas só no século XVII foi construido o primeiro estabelecimento termal.Presentemente é uma região desenvolvida e só lamentamos os fogos que reduzem a cinzas a beleza imcomparável do Gerês.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O circo é festa.

O Circo tem arte e mag.ia.

“Meninas e meninos,senhoras e senhores,bem vindos ao Circolandia,em Buarcos,
até 29 de Agosto 2010.”
As bancadas estavam repletas e as cadeiras compostas de público popular, as crianças dão um tom alegre no ambiente do espectáculo.
Carlitos Junior,o apresentador,vestido com pompa na circunstância,não faltando os sapatos envernizados,consegue transmitir seriedade ao espectáculo e a música apropriada,convence da qualidade artistica que iriamos ter durante a noite.Vestido normalmente,como quem passeia na rua,entrou em cena um individuo que se sentou numa cadeira.No bengaleiro,onde pendura o casaco,tem ainda um quadrado,imitando um espelho.O meu neto Gabriel,7 anos,também feliz e com as mãozitas no ar olha para mim e diz-me:-Então avô, não bates palmas ao palhaço?- e eu bati muitas palmas e emocionei-me com a alegria transmitida pelo Josef.O público adulto rendeu-se á arte e magia do circo,e as crianças, que bom partilharmos com elas estes momentos tão subtis,onde regredimos ao que de criança temos e não deveriamos nunca perder.Mas o espectáculo fascinou pela qualidade e sobretudo dignidade,já que estes artistas da estrada e da aventura de terra em terra,não têm subsídios ou mordomias.Resistem no tempo e com arte,exemplarmente ,e nós gostamos da sua coragem

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma pinga de Elvas

Situada no Distrito de Portalegre,a cidade alentejana tem cerca de 15.500 habitantes
e justifica uma visita demorada.Rádio Elvas e as Linhas de Elvas,são dois orgãos de comunicação com interesse e ainda com vários blogues na cidade.Gostámos francamente da cidade e depois ali a Espanha tão perto,num saltinho,regressando ao ponto de partida e tambem á sua monume.ntalidade.Claro que fazer férias lá fora tem as suas vantagens,mas “quem não tem cão caça com gato”e os resultados de lazer e culturais tambem tem o seu encanto.Temos um país de belos motivos naturais e arquitetónicos e é pena que o que tem acontecido na sua orientação politica e social,sejam factos cinzentos e tristonhos para quem sente e gosta das suas raizes. Temos a comidinha e os bons vinhos,seja onde for,a pinguinha ajuda a sonhar e a viver o mellhor que se pode,sem caírmos no perigoso défice familiar.Se conduzir não beba,pois a água tambem é um elemento saudável.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Férias cá dentro

Quando tenho,como tu leitor,um amigo na cama do hospital,corro ou corremos
para saber do seu estado de saude e se necessita de algum apoio.
Mas o Sr Presidente da Républica,cometeu um acto” heroico”ao interromper as
férias.Vestiu o seu melhor fato e com o seu clássico penteado,surgiu na T.V.com os respectivos acólitos,dizendo ao pais da sua solidariedade para com a tragédia dos fogos e que em boa verdade ,é mesmo isso,uma tragédia.
O que eu penso e sem qulaquer intuito de “má lingua”é que toda aquela encenação tardia foi para o espectáculo democrático.O que o pais necessita é de gente que sinta o povo como seu e que não tenha nojo do seu suor e que nas horas dificeis,tal como nós fazemos com os amigos,temos o dever e por principio de uma sã solidariedade viver a sua dor que tambem nos pertence. Estou farto ,mesmo farto destas pessoas que nos governam e é altura de alterar completamente o meu voto e agir em contestação total com o fracasso destes senhores que não me dão exemplos de autenticidade,banhando-se na hipocrisia das palavras.Já agora sr.Presidente,esteja descansado sobre o seu apelo,porque com a familia vamos fazer férias cá dentro e sem luxos e muito proveitosas em Armação de Pêra,lá para meados de Setembro.Só não lhe digo os custos pois pode pensar que vamos dormir na praia ao relento e ficará preocupado com a nossa sorte e de todas aquelas familias portuguesas que infelizmente nem cá dentro,podem usufruir da vossa mensagem..Sabe Sr.Presidente Cavaco Silva?O tal povo que os senhores mencionam nos vossos discursos mereciam outros polilíticos mais sérios e verdadeiramente solidários no terreno e nas realidades do dia a dia,face a assimetrias que bradam aos céus,entre os cagões que o sistema politico criou para com o zé povinho,ao qual tenho o gosto de pertencer.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cagões desta vida ,disse ele

Escrevi no meu blogue,já fêz algum tempo, que o Custódio Cruz jogava ao ataque e é verdade.Joga sempre no seu sistema de 4-2-4,mas os dois jogadores intermédios tambem são ofensivos,pois gosta de romper com o fáz de conta,detesta o marasmo e adora o golo que é a festa do jogo e da vida.Da vida fáz o que ela tem de melhor a franquesa da amizade e da solidariedade,pois sente o que diz,tem horror aos rodeios linguistícos,aquelas palavras que chocam porque falsas são. Tudo isto e não vai ser pouco,porque um dia destes no seu blogue,presenteou com uma goleada os intelectuais cá do burgo,escrevendo.” Os cagões desta vida”.Depois estrutura o seu texto com a sua experiência de saber dizer e comunicar,coisa dele e da sua escola.E não é por acaso que ainda hoje a malta que o Custódio treinou, o estima.Na sua mensagem os outros são ele em corpo e alma.Só assim o seu crescimento no dizer e afirmar tem a aceitação que tem.Achei muito interessante este post e recomendo-o aos mais distraidos.E como ele,tambem afirmo sem rodeios que os “cagões desta vida”não tem futuro porque tropeçam em si próprios e depois quando se veem ao espelho ficam cheios de remorços de não terem aproveitado a coisa boa da vida ,ou seja,a humildade.Este “Alves dos cantos”é assim,pois jamais teria tributo no futebol italiano,onde a safadeza do jogo defensivo,nunca foi a estrategia do popular comentador. Sou um incondicional adepto deste jogo e da tactica do Custódio Cruz,que na vida corrente é assim sem habilidades de faculdade,e outras retóricas para embrulhar o parceiro.Tudo nos olhos do” paciente”,por forma a transmitir-lhe que na sua frente e no dizer usa a transparência que é um bem saudável de comunicação.Por outro lado a luta que trava com o capital e com o poder local,tendo em conta que o mercado é um espaço apeticivel para grandes negociatas,merece o nosso apoio e de todos aqueles que tem noção que o sol tambem deve aquecer este quadro social e dos pequenos comerciantes.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Entre o mar e a poesia


Continuo a pensar que o Sr.Presidente Cavaco Silva,fez muito bem em pedir aos
portugueses para fazerem férias cá dentro.Depois deste patriótico apelo,deve mandar programar as habituais estatisticas para verificar quais os portugueses que não fazem férias cá dentro nem lá fora.Claro que a minha compreenção,vai para a enorme faixa de cidadãos que não as fazem,as férias,e não para os novos ricos que a revolução,dita de fraternidade,cavou fundo nas diferenças sociais e na sociedade portuguesa.De qualquer modo,nada posso fazer.O que ninguém pode duvidar ou sequer” roubar-me”,é o direito de perceber que vivemos uma época de falsa solidariedade e de abastada demagogia,sobretudo com aqueles que se aqueceram á beira de uma chama inesquecivel,ou seja a democracia que tão bem acentou no oportunismo de muitos.E andando por ai,aproveitando os meus recursos e sem subsidios,contando sempre os euros em familia,dei por mim com a esposa ,em S.Pedro de Moel na Casa Museu de Afonso Lopes Vieira,o poeta que se distanciou de Salazar,tendo alinhado ao lado dos homens livres da sua época.Entre um mergulho no mar de S.Pedro e uma visita á casa do poeta,houve como que um banho de prazer e outro de imensa humildade,já que nem só de pão vive o homem.Estes valores da arte e do saber,tambem nos alimentam e suavisam os maus encontros da vida e da sua crueldade.A casa Museu de Afonso Lopes Vieira,transmitiu-nos tranquilidade e vontade de a visitar de novo,mesmo no inverno quando o mar bate forte no sopé da varanda,onde de certo o poeta terá escrito pedaços da sua imortal obra poética.
A casa Museu tem ainda a colónia balnear para crianças carenciadas da região,(uma vontade expressa em vida do poeta) o que significa o homem de solidariedade que foi Lopes Vieira,declaradamente um português que não simpatizava com os pézinhos de lã,tão pouco o apoio que o ditador deu á policia politica dessa tenebrosa época.

domingo, 8 de agosto de 2010

Parque das merendas.O"pulmão" da Cova Gala


Sendo uma das mais pequenas freguesias do Concelho da Figueira da Foz,a Cova Gala é uma localidade onde apetece viver,pois tem registado nos ultimos anos assinaláveis referências de desenvolvimento,não sendo mais a povoação pobre de há uns anos atráz.
Pescadores de Ílhavo instalaram-se junto ao mar,dando origem a uma comunidade piscatória,por volta de 1770 e 1780,construindo palhoças de junco.Mas a freguesia de S.Pedro tem uma data histórica,1985,quando a Assembleia da Républica decretou a sua fundação.As comemorações tem sido o orgulho das suas gentes,que tem acorrido em elevado numero ás.
festividades,iniciadas em 31 de Julho e vão terminar em 15 de Agosto do corrente ano.Recordar os que partiram foi um acto de gratidão e memória,não só a Missa solene por alma de todos os naturais da Freguesia,assim como o descerramento de uma placa toponímica de homenagem ao saudoso Domingos Laureano.Ponto alto foi tambem a Sessão Solene,no Clube Mocidade Covense,com as intervenções do Presidente da Junta Carlos Simão,Carlos Lima,Presidente da Cãmara da Figueira da Foz,João Ataide.Umarazão forte para fazer férias na Cova Gala,assistindo a outros espectáculos neste quadro comemorativo e por perto as belas praias de finas areias enquanto que no parque das merendas,um verdadeiro”pulmão”que a natureza presentiou a Cova Gala,reafirmo merecer a pena viver na Freguesia de S.Pedro,situada na margem esquerda da foz do Mondego,a uns minutos da Figueira da Foz

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Cá dentro é que é bom.


As termas de Chaves tem a sua fama e proveito,mas reconhecendo que as pessoas
procuram a saude para as suas maleitas,há que ter em conta essas estadias.Mas para mim não existe nada melhor do que uns bons mergulhos na praias da Cova Gala,porque de termas tenho dito..
Tambem em Chaves o presunto,o verdadeiro, tem proveito.É sem duvida uma bonita região,indo eu,indo eu,por Boticas e Vila Pouca de Aguiar e sempre cá dentro,já que para fora não é para todos. Não tenho que lamentar-me ,muito menos inveja,o que lamento é os governantes que temos cá dentro e com graves culpas do que tem acontecido neste Pais sem sorte com os patriotas que” deu á luz.”

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Viriato, o pastor lusitano


É uma cidade que acompanhou o progresso,sendo feita de contrastes,com a antiguidade e memórias. Espaços verdes e moderrnidade e por isso sentimos o gosto da uma visita com prazer,sendo o Museu Grão Vasco e a Sé de Viseu,entre outros monumentos,a oportunidade de nos sensibilizarmos com a sua imensa história,que não cabe neste breve apontamento. A cidade adoptou Viriato como seu heroi,de lendas e história deste pastor lusitano a justificar o monumento erigido em 1940. Se acontecerem férias cá dentro e visitar Viseu,caro leitor,é certo que voltará,já que a sua gastronomia está ao nivel da moderna cidade.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Cabo Espichel



Claro que só por brincadeira poderia preocupar-me ou pedir aos portugueses
para fazerem férias em Portugal. Os exemplos vêm de cima, dos que vivem do sistema político e preocupados agora com a tão falada crise. Conversa para encher, discursos de ocasião, à boa maneira de fantasiosa mensagem de patriotismo.Cá em casa nunca precisamos
de lições de economia,pois temos uma”Ministra das Finanças”,a minha mulher que sabe muito bem que viajar cá dentro do país tem seguros resultados no quadro económico familiar.Por isso e até hoje qual défice? A senhora”Ministra”sabe das suas limitações e não vai em cantigas de orçamentos ruinosos,isso é que era bom.Gastaram à doida e ainda por cima comeram tudo e não deixaram nada.Agora vêm pedir batatinhas a quem numa vida não só passou férias cá dentro,como pagou as suas contas a tempo e horas. Esses senhores, julgados primeiro e cadeia depois,cumpria-se a justiça e melhorava-se a auto-estima dos portugueses... Sem esquecer e lamentar os que não podem ter férias e nada posso fazer para que as tenham,venho recordar-vos o Santuário de Nossa Senhora do Cabo,também conhecido por Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua.O culto e a veneração do antiquissímo espaço perde-se no tempo e as obras das hospedarias iniciaram-se em 1715.A Igreja actual é de 1701 e foi iniciativa real de D. Pedro II.Partindo de Setúbal e com a chegada a Cacilhas,fica ao longo desse percurso,a certeza que merece a pena fazer férias cá dentro.
Nota.Depois de ter escrito esta opinião,eis que a mensagam dos líderes europeus
é para fazer férias nos destinos de proximidade para dar o exemplo.O povo é que sabe,quando diz que vale mais tarde do que nunca.

sábado, 31 de julho de 2010

As pessoas simples quando morrem deixam-me um estranho vazio



Se a foto referencia o prazer da vida e do mar límpido da praia da Cova Gala
hoje não vou por ai. Subitamente,a morte de Luis Cardoso,70 anos de idade,o popular Luis “Mau”, que fez da vida uma festa de pacífica convivência,deixou a Freguesia de S.Pedro
a justificar que não foi em vão a solidariedade que espahou em redor da sua terra
de sempre.No Bar Beira Rio,entre um café e um cálice de vinho do porto,segredava-lhe ao ouvido, de vez em quando, que não vou partir desta vida sem lhe dar uns valentes sopapos, homem” mau”.E ele respondia;- Ó,Ó,e esta arma!?Então o bom do nosso amigo enfiava o dedo indicador num dos cantos da boca e brandia uma serie de estalos que só ele sabia sonorizar,enchendo de boa disposição o espaço por todos frequentado.
Se modesto viveu com a sua família,ganhando a vida entre o rio e o mar,já a manifestação de pesar revelou a sua dimensão social e humana,pois teve o privilégio de ter sabido conviver em paz consigo e com os outros,uma virtude tão rica e exemplar.Os serviços funebres foram da responsabilidade da Funerária Mondego LD,sediada na Cova Gala.
A técnica aplicada pelo sócio gerente(Sargento),formado em tanatopraxia e tanaoestéria,transmitiu ao saudoso Luis “Mau”,o visual tão proximo daquele que nos
habituamos a ver em vida,formalidades que a lei exige na preparação dos corpos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vá a Monsanto nas férias


Fico “sensibilizado”com os pedidos de apoio aos portugueses para fazerem férias no país para dessa forma a economia poder funcionar a bem de todos. São as pedradas no charco dos homens que chefiam esta República de filhos e enteados, não estou a ver que a classe dominante e protegida pelo sistema esteja preocupada com a sorte dos que nem sequer cá dentro fazem as suas férias. É qe a casa e o café da esquina podem ser o "paraíso" de muitos cidadãos de Portugal. De qualquer modo sempre fiz as férias por cá com a família.Por isso o Sr. Presidente pode contar com o meu apoio, não esteja preocupado!Já agora Sr.Presidente, e com elevado respeito por aqueles que nem por cá ,nem por lado nenhum fazem férias, aqui fica uma fotografia da bela aldeia de Monsanto. Foi escolhida em 1938 como a aldeia mais portuguesa de Portugal.Para os que não sabem fica situada no concelho de Idanha-a-Nova.Foi esculpida num basto cabeço rochoso.Foi sede de concelho entre 1174 e o início do século XIX.Em 1801,tinha 2139 habitantes. É uma boa sugestão de passeio que aqui deixo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Idealismo,pois, pois.

Sem pretender ser dono da razão,julgo que entre a solidariedade,um sentimento generoso direccionado para os outros, e o idealismo político,há uma enorme distância. A solidariedade é acção, o idealismo é, na prática, negação de acção.No idealismo político vive-se da fantasia e de emoções desviadas da própria solidariedade,os grupos e os partidos tentam enganar os tolos com papas e bolos.Claro que em democracia sou pelos partidos.Mas foi para isto que os portugueses se alegraram com a derrota do fascismo?Julgo que temos outro tipo de fascismo,mas este legalizado com o voto livre dos portugueses,que continuam a votar nestes senhores do idealismo,gente de compreensão lenta para com os mais humildes económicamente.Vejam se eu não tenho a minha razão, o leitor terá a sua, isto a propósito da sugestão da Comissão Episcopal,em Lisboa,que propunha que os políticos pagassem para um fundo social 20% dos seus vencimentos e reformas,enquanto a pobreza aumenta todos os dias. Foi um fiasco esta proposta e alguns políticos,entre eles o Sr .Manuel Alegre,pois claro, idealista quanto baste,mas de solidariedade só na sua família, afirmou de imediato que já desconta muito nos impostos.Eu, cidadão da rua, pretendia dizer-vos que esta rapaziada não me apanha desprevenido,inclusive os cristãos políticos.Alguns fazem da Igreja o seu santuário da hiprocrisia,beijando-se nos cultos,mas depois fora dele são o diabo em figura de gente.É esta falta de humildade e de carácter que devemos combater.Nos espaços por nós frequentados devemos dar exemplos de frontalidade com as palavras e os consequentes actos,pois a máxima “olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”,só serve aqueles que nos querem vender gato por lebre.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O poeta popular


Estamos numa fase de poesia popular,porque a entendemos e a sentimos,de palavras soltas que por vezes magoam e outras são a risonha alvorada,de promessas e desenganos.Mas é com estes conteudos que os poetas populares
e os eruditos me fazem acordar e” beber a água” que nos refresca interiorrmente,debaixo das frias ondas da sensibilidade,compreendendo os poetas
e o valor das suas palavras.A minha porta de entrada no meu salão,pode não ter os apoios pretendidos,mas teve sempre o devido acolhimento e boa vontade,dai que Fradique Pinto,natural de S,Pedro do Sul,que fica na região de Lafões,no distrito de Viseu,venha todos os anos com a sacola e com os seus livros de poesia. Conversamos sobre esta aventura na estrada da vida,e o poeta propõe a venda dos seus livros. Compro e ele parte com os seus sonhos de poeta,ganhando uns euros
com a simplicidade da sua escrita,porque só assim de porta a porta a sua” editora” pode atingir os objectivos.E como o povo é quem mais ordena,aqui fica o prometido,porque o sol quando nasce é para todos e o Fradique Pinto tem alma de poeta e justifica esta minha admiração.

CHUVA FRIA.

A chuva cai fria e de mansinho...
Ao longe,a trovoada ribomba...
Perto,fustiga o vento fresquinho...
Eu,só,a tempestade subtil tomba...

Contudo.
Eu amo os elementos,
Que em muitos momentos,
Sobretudo.
São companhia,passatempos,
Para quem vive em tormentos,
Neste Mundo.

A natureza é sempre carinhosa,
Para quem amar e compreender...
Só é bravia,viril e tumultuosa,
Para quem vive sem o saber...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Manuel Maria Teixeira e versos de políticos


Recordo Manuel Maria Teixeira, quando com ele conversava nos programas da Rádio Beira Litoral,em Arazede. Um dia destes e no meio de papéis e recordações,lá estava o livro do poeta popular publicado em 2002 e patrocinado pela Câmara de Montemor e pela Junta de Freguesia de Arazede.Recuei uns anos a bem das cidadanias associativas e populares das terras de Montemor,mas a verdade é que este homem do povo fez da sua poesia a sua lição de vida intensamente manifestada onde quer que estivesse, mesmo que fosse no Ribatejo ou no Alentejo, por onde terá comido o pão que o diabo lhe propôs em tempos dificéis da sua vida.
Desconfiado com a solidariedade dos políticos e da sua simpatia pelo povo,o nosso poeta num dos programas na Rádio Beira Litoral,disse para quem escutou que os políticos são habilidosos e dão beijos em casa e na rua.

VÊM AÍ AS ELEIÇÕES

Vamos ter eleições
Temos de nos preparar
Já surgem as confusões
Todos querem ganhar

Falam muito bem ao povo
Habilidosos e com jeitinho
Querem o voto de novo
Mas ficam pelo caminho

Eles até nos dão coisas
Porta-chaves,canetas e que tais
Eles falam na televisão
E dão entrevistas nos jornais.

Eles são melhores que todos
Prometem o sol e a lua
Prometem tudo o que não é deles
E dão beijos em casa e na rua

Teimosos até mais não
Não desistem de qualquer jeito
Pedem-nos o nosso voto
Dizem que são amigos do peito

Depois de já no poder
Só atendem por marcação
Não dá para entender
Acabou-se a ilusão

Tenho muita desilusão
Isto dói mas é verdade
Vamos votar com atenção
Temos muita necessidade

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Memórias do meu Casal Novo do Rio

Ali juntinho ao Mondego
Há um recanto em sossego
Um pequeno casario,
Ao qual a mão de Deus deu
Tudo o quanto lhe merceu
O casal Novo do Rio.


Nessas sombras da paisagem
Seca a roupa junto á margem
Em frente,á casas caiadas,
Á noite há gente a rezar
Na eira o milho a secar
Há cheiro a terras lavradas..

Lembrando as suas memórias
A avó conta histórias
De tempos que já passaram
Na bilha á água da fonte
Alí no sopé do monte
As nascentes não secaram
O calor duma fogueira
Aquece o caldo da ceia
Onde não se sente o frio
Na arca não falta o pão
E na grelha assando vão
Os peixes que vem do
Rio.

Com as mãos entrelaçadas
Há beijos nas namoradas
Junto ás cinzas do borralho
Lá pela ponte velhinha
Chiam carros á noitinha
Que regressam do trabalho.

Nos currais dormita o gado
O seu sono sossegado
Na palha dos arrosais
Lá fora a noite escurece
E todos rezam uma prece
Os filhos beijam os pais.
Almas sãs em corpo são
Segredos do coração
De gente humilde maior!
São a vida,a Natureza
São quadros de beleza
Das terras de Montemor.


Nasci em 1940 no Casal Novo Rio,onde não havia luz nem água canalizada,mas existia o Mondego,um rio de águas límpidas, que hoje já não existe.As minhas gentes trabalhavam nas terras do nascer ao pôr do sol,havia só um rádio na mercearia e taberna do Ti-João.Foi ali que ouvi pela primeira vez um relato de futebol entre o Benfica e o Braga.O Benfica perdeu por um zero,e mesmo assim fiquei vermelho até hoje.Tudo isto por volta de 1947/48?Bom...volvidos vários anos encontrei o Santiago Pinto e com ele "caminhei" na rádio (local) e nos jornais de Montemor,e até fundámos o Correio da Figueira. Este trabalho em verso,li-o várias vezes nos meus programas de rádio, com musica de fundo; eu adorava,porque sentia naquelas rimas,em pormenor, a vida das minhas gentes;sempre fui um sentimental! Mesmo hoje,lembro a panela do caldo, que era de ferro,a fogueira,a cinza no borralho,enfim a vida na aldeia naquele tempo.Uma Hora à Beira do Mondego,foi o primeiro programa na rádio local de Montemor,com o Santiago que me levou para lá;também a Dilia,que gostava muito de poesia,e temas de Montemor.O Henrique Pardal estava na direcção de programas,havia interajuda,o programa cresceu,passou a ser Três Horas à Beira do Mondego.O Santiago deixou a rádio,mas continuou a escrever sobre Montemor,rimando como ele gostava,e nós semanalmente divulgávamos.Guardo alguns desses escritos,e decidi colocá-los no blogue. Guardo também a recordação dessas horas na cabine,nervos à flor da pele,risos,censuras mutuas,o Henrique apaziguador,era saudável aquele convívio.A vida tem um limite e estes amigos já partiram na viagem sem regresso,porém jamais os esqueceremos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Recordações de Montemor e do Casal Novo do Rio

Sempre que me é possível regresso às minhas origens:sinto ali com prazer a realidade donde venho, onde estou e quem sou,um ser modesto e simples.
Neste último fim de semana estive na minha terra no Casal Novo do Rio,mais própriamente na Barca,pois assim se chama também; por ali andei, encontrei amizades antigas,e também a Zézinha (que actualmente ali reside) um conhecimento mais recente dos tempos em que estive estabelecido em Montemor.Ela também tinha uma loja nas imediações.
Agora mostou-me fotografias dessa altura,recordámos as actividades,e os magros lucros...Numa delas está ela com a mãe a D.Lisete,junto da sua loja de artesanato,noutra estou eu,a Zézinha, e a”endiabrada” Zeca,que sempre brincalhona nos fazia rir muitas vezes.
Estamos vestidos com as camisolas da Comissão das Festas de Sto.António, realizadas na praça da Républica de Montemor;foi um convivio muito agradável que ainda não esquecemos,apezar dos anos que já passaram sôbre ele,daí recordármos até com alguma saudade.
Não me perdoava se não falásse da minha Barca, pois como atrás referi ali estive, mas também para uma saudável confraternisação (na festa da Barca) com as minhas gentes,já poucas do meu tempo, a vida tem um limite de existência,e grande parte daqueles que me viram crescer, já partiram para o além.
Fazer comparação,de como era o Casal Novo do Rio,a Barca da minha infância e juventude com o que é hoje, é irrisório,tudo mudou (para melhor).Os seus habitantes são outros e diferentes, naturalmente;esqueceram-se as suprestições,os mêdos e até em parte as crenças... O ambiente foi alterado,as pessoas vivem bem melhor,há comodidade,gostei de ver!
Mas perdôem-me o desabafo: deixem-me recordar também a singela beleza da Barca de há muitos anos atrás,com esta fotografia guardada “religiosamente” por quem a fez... era linda não era a minha terra? Com a água a murmurar ali tão perto do modesto casario...
Mas,não há rosa sem espinhos; nessa altura os meus conterrâneos,e também os meus pais e irmãos trabalhavam na agricultura,era o modo de trabalho que permitia uma vida digna mas sem comodidades nem luxo,havia milho na arca,e feijão para a sopa a que chamavam caldo, isto na minha casa,mas nem todos tinham êsse bem. Também o Mondego pregava as suas partidas, por vezes as cheias chegavam mais cêdo e estragavam parte da colheita,era prejuíso,e não havia subsídios.Poucas pessoas andavam calçadas,surgiu então uma lei que proibía o pé descalço: esta lei com risco de multa foi recebida com desagrado,até pela despesa a que obrigava a compra duns sapatos,e então a imaginação funcionou; calçavam apenas um sapato,e no outro pé enrolavam uma ligadura simulando um ferimento; quando o sapato acabásse repetiam a operação com o outro que tinha estado guardado (mas este procedimento,até nas cidades funcionou) vivia-se mal em Portugal...
Hoje o Casal é um pequeno paraíso.Tem moradias bonitas,prédios de andares aonde existe comodidade,os caminhos enlameados d’outrora deram lugar a estradas, o ar é limpo,há arvorêdo,emfim está um bom lugar para viver,e como atrás disse esteve em festa no passado fim de semana,festa a que não faltou também o cunho religioso com uma Missa no Domingo,e depois a actuação dos grupos de danças e cantares,sempre tão do agrado de todos nós.
Fica a esperança da repetição no próximo ano.Até lá...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Popó e o rádio do seu contentamento

Fotografias de Pedro Cruz, Cova Gala, Figueira da Foz

As cidades e as vilas, porque não as aldeias deste país, e se entendermos o problema na sua universalidade,cria e alimenta no seu seio, humildes cidadãos de existencia desequilibrada.São várias as razões sociais; o álcool,alguns divorciados,o desemprego,nos ultimos tempos a maldita droga, podem ser os motivos de destruição da auto-estima e o resvalar para a valeta da vida e de hábitos anormais de cidadania e que nos atinge de algum modo.
Os movimentos de solidariedade procuram-nos nas ruas,trazendo-os á realidade social e humana,como gentes de ninguem e olhada de lado por uma sociedade que sente vergonha de assistir á degradação da sua especie, julgando-os leprosos e pouco lavados fisicamente. Tudo isto, porque o Popó, caminheiro errante pela Cova Gala, teve de certo em menino os carinhos de sua Mãe,a qual terá sonhado o melhor destino para o seu Manuel Pinto de Oliveira, nesta altura com 66 anos de idade, mas feita de aventura e álcool e com versos do seu repentismo. Segundo sabemos,o pai e o tio,excelentes musicos de uma banda Filarmónica,terão entusiasmado o nosso Manuel,a percorrer a verdadeira escola musical,mas ele preferiu o mais facil, isto é, pegou numa busina de biciclete,e no marcha que marcha á frente ou atrás da Filarmónica, soprava no seu instrumento de ocasião, propondo à comunidade o ridiculo da sua arte,agora com a chacota e o sorrir de muitos que acham graça onde ela é mais dor do que alegria. De tal jeito que o Zé Povinho, sedento de alcunhas, o batizou para sempre. Serás Popó e acabou-se. Porém, o Manuel de Oliveira, ficou com a paixão da música, apertando-a sobre o peito, de pé ou deitado pelo chão da Cova Gala, pois os rádios tem sido a sua companhia, embalando-o em sono profundo mas o rádio por lá fica em sonoridade e com as musicas da sua preferência. Conta quem testemunhou que numa tarde a desaperecer no horizonte, Manuel de Oliveira, depois de ter acordado da sua soneca no chão ora frio ora quente, deu pela falta do seu rádio roubado e chorou como de uma criança se tratasse, dizendo que era a sua única companhia! Logo as pessoas lhe compraram outro rádio e outros rádios foram roubados, pois os ladrões insensiveis à sina do Manuel de Oliveira, só nos dizem que o Mundo é cão e morde sempre nos mais fracos da sociedade, coisa estúpida porque é nestas pessoas que sentimos o respeito e o pulsar da vida.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Farinas,em sofrimento...

Em parte respigado da Globo

Após 131 dias sem comer,o dissidente cubano Farinas demasiado debilitado estará a um passo da morte,mas firme na sua coragem a exigir a libertação de todos os presos politicos. Com enorme estoicismo afirma estar consciente de que a sua vida está a chegar ao fim,e responsabilisa os irmãos Castro pela sua morte.
Madrid oferece hospital para tratamento e avião para ir buscar Farinas,mas o dissidente diz que só interrompe a greve de fome se o Governo cubano fizer um referendo.Também Cuba Livre,publica uma reportagem com fotografias dos presos politicos,que nesta altura são o numero mais baixo desde há 5o anos,informando ainda que Farinas combateu em Angola em 1980 contra a Unita.

No nosso País,mais própriamente no Minho quando surge um facto inesperado é comum o povo usar esta exclamação: “haja Deus”!
Hoje permito-me adoptá-la também. Pois claro,hája Deus! Pois finalmente parece que Cuba,ou melhor os seus grandes responsáveis começam a querer ser mais humanos.Lí há pouco que Havana vai libertar 52 presos politicos,cinco deles nas próximas horas e os restantes 47 num praso de três a quatro meses, anunciou a Igreja Católica em Cuba.
Também as relações entre Havana e a União Europeia no caso da libertação dos presos politicos ser um facto,poderão encontrar um entendimento,prometeu o chefe da diplomacia espanhola Miguel Moratinos,de visita ao governo de Fidel de Castro.
Hája Deus!... Mas será que esta decisão não peca por tardía? Será que perdurará apenas o relato do sacrificio e a consequente morte de Farinas?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Custódio Cruz e Companheiros no Mercado...

Todos sabemos e não é necessário pertencermos à classe dos investidores,que o espaço do mercado Engenheiro Silva é um chão apetecido para o grande capital,pouco ou nada preocupado com as frágeis estruturas do comércio tradicional.Há muitos anos uma empresa de construção da Figueira da Foz tentou o seu negócio,do apetecido “chão de ouro”, mas não passou de tentativa,e no presente o mercado jamais será o caldeirão dos euros,mas sim um espaço do povo que labuta desde o amanhecer e pelo dia fora sem pressa do encerrar do portão.
Mas o que se passa no mercado com a nova Associação dos que lá têm os seus negócios,e permitam-me referenciar a liderança do Custódio Cruz (pois o conheço à muitos anos e sei da sua força e determinação) que é sem duvida um exemplo de unidade e coragem,face aos interesses do capital,que nada sentem em relação aos que lá labutam,e quanto a recompensa é aquela já conhecida,dão um chouriço a quem lhe der um porco.
Venho acompanhando pelos jornais as noticias sobre o que se deve fazer ou não no mercado Engenheiro Silva,tendo em conta que a sua requalificação é necessária para fazer frente ás constantes mudanças da oferta e procura,numa área tão sensivel como é a alimentar.Porém o seu aspecto não envergonha ninguém, e no futuro com estes comerciantes assumidos em Associação,é certo e sabido que os projectos de valorização vão surgir em devido tempo e oportunidade.Lamento que o convite para estar presente nas festas no mercado,onde recordaria os distantes bailes da minha mocidade na noite de S.João,tivesse chegado em cima de uma reunião familiar,logo impossível estar presente. Terei mais atenção para a próxima festa,para que nada impesssa a minha presença,mesmo sem convite: não é necessário,admiro a coragem desta gente e quero pessoalmente ir dar o meu abraço a quem de direito.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Campanha de Solidariedade por Terras de Montemor.

Montemor-o-Velho solidário angariou três toneladas de bens alimentares face a uma
Iniciativa promovida pelo poder local,e que vai ajudar cerca de 15 agregados familiares de Montemor e do seu Concelho.A boa nova foi inserida no ano Europeu contra pobreza,e daí ter-me lembrado dos meus tempos de menino,jovem e adulto quando um pouco por todo o lado grupos de necessitados,percorriam as ruas aos sábados e de porta em porta, esmolavam uns míseros tostões.Os tempos mudaram e as Terras de Montemor,são hoje de modernidade urbanística e com excelentes estradas que fazem rápidamente as ligações entre as 14 freguesias,mas como há 6o anos,também hoje lamentavelmente,a pobreza ainda é uma referência local e concelhia,necessitando destas manifestações da triste caridadezinha,quando na esperança de Abril eu pensava que a justiça social ia ser um facto,e seria o melhor para todos, e não só para alguns espertos (como sabemos) que se aproveitaram de sucessivos goverrnos que muito lhes facilitaram “a vidinha”.
É certo que nestas questões de pobreza,há que distinguir os que não querem trabalhar,vivem mal.Também os gastadores e irresponsáveis,mas tudo isto é pouca sorte,pois não têm cabeça... no entanto quero ter cuidado com este tipo de análise,pois ainda existe um quadro social desprotegido nomeadamente por desemprego,doenças,reformas de baixo valor que são a vergonha,ou deviam ser,dos políticos que nos governam,desde a bonita revolução dos cravos.
A partir daí e acalmada a euforía,muitos portugueses tiveram a sorte de serem filhos e outros enteados,por isso a minha memória não é curta e daí este desabafo,face ás ilusões desfeitas neste mar imenso de injustiças sociais, e é para esse povo pobre que eu conheci em Terras de Montemor,que me curvo em sua memória hoje e sempre

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Entre o anónimo e as postas de pescada.

Esta vaga de comentários anónimos,uma espécie de doutrina que nega a realidade
Individual de cada um,é quanto a mim uma falsa atitude de frontalidade.
Atiram a pedra e pouco se importam se a dita vai cair em terreno sêco,ou se pelo contrário o próprio comentarista anónimo se torna ignominioso,diria até infame.
Claro que existem comentários de normais opiniões,mas outros se publicam que são a matriz e a falta de carácter dos que pensando libertar-se dos seus conteúdos afirmativos,justificam apenas a sua desonestidade como que uma doença contagiosa e para a qual eu tenho o melhor dos remédios que é nem mais nem menos,a compreenção da maior pobreza franciscana.Acreditem que não é por mim que venho hoje falar destes comentaristas anónimos, eu suporto bem a sua limitadíssíma frontalidade,mas é sim em defesa do povo com quem convivo à seis anos na Cova Gala.Escrevia o comentarista anónimo,feito de herói das batatas julgando que escrevia uma obra de Saramago o seguinte:(arrotar para os ainda mais brutos com quem convivo e com as postas de pescada de sempre). Não sei se existe Deus mas se ele existir, sabe, que a primeira coisa que eu pensei foi na estúpida insinuação dirigida a um povo trabalhador, que eu admiro pela sua humildade e tanto sofrimento por mares navegados.Reformados com pensões de miséria,homens do mar que o capitalismo do antigamente escravisou,e que o sistema actual votou ao esquecimento. Escuto com respeito as histórias das suas vidas passadas e as queixas sobre a exploração que suportaram; mas este nosso e vosso anónimo sem nenhuma sensibilidade humana,ainda os define como brutos...
esta gente é ruidosa e frontal mas não bebe na pia das fanáticas ideologias políticas,mas no duro trabalho de sobrevivência, por si e pelas suas familias.
Mas este anónimo não valorisa,usa a arma que melhor maneja (o desdém) e escuda-se na cobardia a tempo inteiro,feliz na sua importancia “de mais saber”e não repara como é débil em coragem e dignidade.
Peço-lhe que não ofenda o povo da Cova Gala,qualquer povo merece respeito,e para mim este povo em especial,devo-lhe a maior gratidão pela forma com me tratam e respeitam.
Pode descarregar as suas frustações na minha pessoa,porque eu sei perdoar as vozes que não chegam ao céu, e compreendo o azedume político,é assustador quando vincado e único,até o horizonte fica limitado.Se alguém esteve ao lado das classes populares, contra as injustiças dos poderes políticos e económicos, fui eu,e jamais reneguei as minhas raízes sociais,como também nunca me armei em erudito,sei como sou,mas o que não admito é esta espécie de lição partidária e primária,pois ao longo da minha existência consegui praticar alguns actos de solidariedade e não ódio ao meu semelhante,ou pretende politizar-me como se fazia
com a mocidade portuguesa e nas sociedades comunistas? Aqui é que existiram os tais pastores que insinua,ou duvida?

Saudações democráticas.
Uma mulher,um homem,um voto

domingo, 20 de junho de 2010

Propaganda anti-comunista.

Factos são factos e a mentira só subsiste enquanto a verdade não chega,já que o
facciosismo e a parcialidade não liberta o caracter e a sua independência,sobre as questões mais ou menos comesinhas e graves.Neste caso a dimensão da mentira e a sua intensão ultrapassa os limites da casualidade,mas sabemos que em politica tudo serve para alcançar os objectivos da propaganda,fazendo iludir a opinião publica,julgando que as armadilhas ganham supremacia sobre os adversários,inventando histórias e trapalhadas na continuada guerra fria .Longe de mim defender regimes totalitários,nada disso.Um dia destes um cliente da barba e do cabelo,disse-me para que me definisse politicamente:respondi que me admirava por não ter visto ainda de que lado estou,sendo facil perceber que não suporto humilhações e que os fracos como eu têm direito a um palmo de dignidade,sacudindo para longe a besta do poder politico e económico,que continua a esmagar sempre os utentes do pão nosso de cada dia.Mas voltando ao que aqui me motiva neste texto,direi que depois da queda do muro de Berlim são poucos os paises que continuam declarando o socialismo de orientação marxista.China,Vietname,Cuba e Coreia do Norte,mas os dois primeiros já aderiram á economia de mercado,os ultimos dois não mudaram nada nos ultimos 50 anos.O sistema politico na Coreia do Norte ainda se caracteriza pelo culto da personalidade e o chefe de Estado Kim Sung ficou no poder desde 1947 a 1994,uma especie de Salazarismo de má memoria.A verdade é que nestas situações ditatoriais ou não,os americanos põem sempre a sua insidiosa ajuda,pois não basta os problemas que têm em casa,metem o nariz por tudo quanto é sitio.Inclusive,apoiam uma rádio contestatária na Coreia do Sul em desfavor da Coreia do Norte,porque isto de polvora e veneno,nunca estão fartos de incendiar o Mundo.E tudo porquê?Um dia destes em conversa com um amigo que muito estimo,mas que não pensa como eu,dei-lhe a ler uma noticia no jornal em que 4 coreanos tinham desaparecido da equipe de futebol que disputa o campeonato do mundo na Africa do Sul.A noticia
era de todo alarmante em função da liberdade que qualquer cidadão tem direito,mas a montanha pariu um rato,face a fugas que nunca existiram no quadro da equipe de futebol da Coreia do Norte.Claro que o meu caro amigo,me telefonou logo a dizer-me que a reacção não passará,que eu não sei nada de nada,mas quem dá o que tem a mais não é obrigado.Fico com a esperança que no paralelo 38,um dia destes não continue a divisão entre o Norte e o Sul,mas sim a festa conjunta de dois povos que deveriam unir-se na fraternidade e na lição ao Mundo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Zeca Afonso disse não ao partido comunista como diria a outros partidos



A democracia necessita dos partidos politicos como os jardins necessitam de ter as suas flores,para que a vitalidade e o seu crescimento se justifique nas opções de cada um.Infelizmente ainda existem os que tem receio da democracia e não gostam da poesia do Zeca Afonso,que na minha opinião é um belo património português. Não é de nenhum partido em especial, ou doutra qualquer organização,apenas a mensagem da liberdade,extensiva ao ser humano,digamos como que um franco e amplo abraço de solidariedade.Já escrevi neste blogue que a poesia e musica do Zeca Afonso é única,valorisando o carácter sempre em prol da justiça e da liberdade dos homens. “Tráz um amigo também... dizia ele naquela canção inesquecivel! Sinto-me pequeno ao recordar esta mensagem,porque ele a cantava,mas era o seu pensamento, e a canção o modo único de se expressar,de partilhar as suas convicções.Era um homem muito simples detestava elogios,e amava a liberdade.
Muito novo foi chamado pelo partido comunista,convite que declinou.Seguiu a sua vida nem sempre fácil,tanto no campo familiar,como profissional,e ainda sofreu prisão no tempo do Estado Novo. O povo admirava-o e ele correspondia com simplicidade. A sua obra foi reconhecida ao ponto de o Presidente da Républica,que na altura era o General Ramalho Eanes o homenagiar atribuindo-lhe A Ordem da Liberdade.Porém este acto não chegou a acontecer,porque Zeca Afonso não aceitou tal dignidade.
Dizemos nós ; se ele sempre foi livre,ele já era a própria Liberdade

sábado, 12 de junho de 2010


No auditório da Museu Municipal,foi apresentado o livro de poesia,Embarque em
Sobressalto,da autoria de Aníbal José de Matos,com prefácio de António Augusto Menano.Na mesa de honra encontravam-se o autor da ilustração,o pintor Mário Silva,o poeta e jornalista Anóbal José de Matos,o seu filho,Rui Matos,que representava a Editora, e o Dr.António Jorge Lé,que teceu várias considerações sobre a obra e o autor, salientando que a poesia é um parente pobre das autarquias, face aos apoios pouco solidários para com esta forma de sentir e dizer as palavras.O Dr. Jorge Lé salientou ainda que em Embarque em Sobressalto,temos a poesia séria,onde a saudade,o amor e a morte,constituem a leitura real e viva,recitando,Versos Tristes ,na ocasião da sua apresentação.
Alguém um dia me disse
Que meu versejar é triste
Como pode ser alegre
Sabendo eu que partiste?
No final o autor,que nasceu em 9 de Novembro de 1935,na Figueira da Foz,agradeceu os vários apoios e a cedência da excelente sala do Museu Municipal,recordando os seus filhos ,José Matos,Rui Matos,Vera Matos,os verdadeiros poemas da sua vida.Também seu pai,o saudoso Aníbal Correia de Matos,um homem que marcou épocas culturais na Figueira da Foz,foi recordado nesta agradável manifestação do saber dizer palavras e sentimentos em poesia.

E porque a solidão é um tema actual e discutido na nossa sociedade,aqui fica para a vossa e a minha reflexão.

Ninguém pode viver só,não.
Quem o diz é porque mente,
Que a tristeza é tão somente
A escuridão que adormece
No seu quarto onde arrefece
A cama da solidão.

Os dias passam correndo
Num acelerar que lesto
Fazem adivinhar o resto
Duma vida que perdida
Passa despercebida
E nós vamos esquecendo

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Tributo do Zeca Afonso para recordar aos netos.

Programado para a Praça da Republica,foi transferido devido ao mau tempo,para
a Sociedade Recreativa de Quinhendros a dois passos de Montemor-o-Velho e em boa hora pois a chuva prometeu e não faltou.A poesia e a musica do Zeca Afonso interpretada pelos (Amigos do Zeca) Mário Mata e o Coral Poliyphonico João Rodrigues de Deus,foram magia para mais de 7oo pessoas que cantaram e se sensibilizaram num concerto alongado e particularmente feliz para quem sente que a liberdade é um bem precioso para o povo e porque não para toda a humanidade.Só os “Vampiros” e aqueles que “Comem tudo e não deixam nada”,podem renegar esta poesia do imortal Zeca Afonso,construida na alma das gentes como que um grito contra toda e qualquer opressão do homem contra o homem.Nesta mensagem
que o grande Zeca Afonso nos deixou,não há lugar para “patifes”mas sim para a fraternidade entre os que nascem em berço de ouro e outros nem tanto,os marginalizados e explorados por uns tantos que não são capazes de sentir que a partilha é tambem uma grandeza humana e social.Foi das tais noites que nos ficam por dentro da alma em que apeteceu cantar e bater palmas,porque os homens devem ser livres e fraternos com os seus irmãos sempre,e ainda tendo em conta o exiguo lapso de tempo que vivemos.Tambem a poesia de Ary dos Santos teve a sua oportunidade,recordado o valor do grande poeta,numa sala repleta de fortes emoções e talvez para recordar aos netos,uma noite em que se cantou a liberdade de todos e para todos.Uma palavra de gratidão para os actuais directores do Atético Montemorense a quem pertenceu a organização,agora a movimentar-se no seu crescimento desportivo e cultural com belos espectáculos já realizados em Montemor,mas que neste foi de poesia e musica,em suma, uma grande noite cultural.

sábado, 5 de junho de 2010

Jornal dos Profissionais de Cabeleireiro


Número de Junho de 2010 nº 73 www.cabelosonline.com

O Grupo Rui Romano festeja este ano 40 anos de intensa actividade no sector dos cabeleireiros,feito de inovação e criatividade promovendo campanhas imbatíveis nas suas 60 lojas espalhadas pelo país.Mas a vida de cabeleireiro profissional é tambem feita de constantes formações e a empresa Rui Romano valoriza esse espaço na classe e apoia todas as iniciativas dos Salões em Portugal,não esquecendo os eventos sociais que se realizam um pouco por todo o lado e relacionados com a magia dos cabelos.Mas a empresa também fundou um Jornal,tipo revista mensal, com a informação dos eventos,cursos de formação,e a legislação laboral devidamente coordenada pela Dra.Susana Tavares.Neste numero do Jornal fui privilegiado com apontamentos do meu passado profissional,o que me deixou grato e a olhar para o fenómeno do tempo,já numa fase de existencia em que estas gentilezas são a justificação do muito que percorri na profissão, e do pouco que me falta percorrer.Lá está o inicio na Figueira,enquanto barbeiro, e depois Cabeleireiro em Lisboa recebendo formação de grandes mestres daquela época. Outras actividades me ocuparam desta vez o espírito,recordo o Figueira Spor,de Anibal de Matos,a Rádio e os Jornais,o meu Montemor e o Casal Novo do Rio,os festivais de penteados da Figueira e noutros locais.Enfim,uma vida cheia de entusiasmo e paixão pelo trabalho, pela profissão e agora sem ganâncias (em banho maria).À directora Dra.Isabel Romano,assim como na redacção, Margarida Carvalho e na arte João Pedro Rato, ao Director Geral,Rui Afonso Romano,não sei bem o que dizer-vos desta deferência que agradeço e para ficar bem com a minha consciência,pretendia englobar todos aqueles que foram às dezenas,que me acompanharam e apoiaram nas iniciativas,quer na Rádio,Jornais ,festivais de penteados,pois sem esses apoios, nunca teria chegado a lado nenhum.Mas existe a Dília,a minha mulher hà 44 anos que nunca me deixou a falar sozinho,nos bons e maus momentos,tambem fortalecida com as filhas Isabel e Clara,com o “Rei” Gabriel,já chamar-me cota! Uma saudação para o Manuel da Stilcoup e Queirós,no Porto,que me apoiaram no último festival na Cova Gala,e ainda para Lisboa,Joaquim Pinto,Museu do barbeiro e cabeleireiro,onde mantenho apontamentos profissionais,dos colegas da Figueira da Foz. Que sejam felizes e que realizem os vossos sonhos,tanto quanto possivel, foi ter realizado os meus,agora em fim de carreira na Cova Gala,mas ainda motivado e grato ao povo simples e do mar imenso da freguesia de S.Pedro.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Embarque em Sobressalto

Vem aí mais um livro de poesia,do Sr.Anibal José de Matos cuja apresentação está marcada para o proximo dia 12 de Junho 2010 pelas 18 h.no
Auditório Municipal da Figueira da Foz.Porque estou convidado e fazendo questão
de uma visita ao saber da poesia,nunca é demais recordar que escrevi umas larachas o seu Jornal no ano de 1959/60.O Figueira Spor,o jornal dirigido pelo jornalista Anibal José de Matos,onde eu acabei por não passar da cepa torta,ainda hoje volvida uma vida de escrevinhar no amadorismo.Mais tarde no Correio da Figueira de Santiago Pinto,outra vez no meu caminho o poeta e jornalista,mas retenho na memória uma frase que sempre me animou,dita na Caçarola,entre um copo e dois dedos de conversa...Se eu um dia publicar um Jornal,conto consigo! São agora pedaços de memórias que nos ajudam a humanizar as nosas vidas,quando me preparo para o Embarque em Sobressalto com apresentação na data já indicada.Porém,e com a devida vénia aqui fica publicado um poema do Sr.Anibal José de Matos,como que antecipando a grande festa da poesia.

Declive

Atropelos,
Atropelantes,
Atropelados
Vida de mil falhas
Caminhos distorcidos,
Percursos sinuosos.
Onde força vale mais
Do que a razão

Desapego,
Desaforo,
Desafio.
Contra a corrente proliferam
Vontades sem vontade
De alterar o curso das mentiras.

Ver mais além
Cega quem privilegia
A escuridão!

ANIBAL JOSÈ DE MATOS
26/ Maio/2010


segunda-feira, 31 de maio de 2010

TRIBUTO A ZECA AFONSO

Dia 9 de Junho, em Montemor-o-Velho, na Praça da República, pelas 21.30 horas, assista a um grande concerto com Os amigos do Zeca, Mário Mata, Encerrado para obras e o Choral Polyphonico João Rodrigues Deus. A Organização é do ACM e conta com o apoio da Junta de Freguesia e Câmara de Montemor-o-Velho. Os bilhetes estão à venda na Junta, na Escola de Condução Mondego e na Fermor.

"Traz outro amigo também!"

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A força do Associativismo

Atlético Montemorense vai ter a sua sede.
Depois de uma inactividade de três anos,o Montemorense aí está a dar resposta e a lembrar a todos que já tem 72 anos de história. Para já são as escolinhas de futebol,a oficializar em Setembro na A.F.de Coimbra,por forma a competir nos diferentes escalões.
Na Assembleia Geral,orientada pelo seu Presidente Jorge Camarneiro,foram discutidas algumas propostas, e depois votadas por cerca de 15 sócios,e uma delas foi a autorização da venda da antiga sede,à Câmara Municipal,uma casa que serve
os propósitos do poder local, e que vai ajudar o clube a comprar um novo espaço para sua sede.
O Presidente do A.C.M., Fernando Pardal, elucidou os sócios sobre os contactos já encetados para a aquisição de um terreno junto ao parque de campismo, que pode servir para instalação e construção da sede do Clube. Por sua vez a jovem Susana Grou,a secretária do A.C. M., imformou que o tributo a Zeca Afonso,uma festa programada para 9 de Junho,na Praça de República, vai levar àquele espaço público muitas centenas de pessoas,já que a venda dos bilhetes(5 euros) se tem processado a um ritmo bastante animador.

Olímpio Fernandes

sábado, 22 de maio de 2010

João Medina: barbeiro, cabeleireiro e actor


Nasceu em 1932 em Tavarede e aos 11 anos já cortava cabelo e fazia barbas na barbearia do seu tio; e assim continuou dia a dia a trabalhar e a aperfeiçoar-se na profissão de barbeiro,sempre na Figueira da Foz.
Eramos jovens e fomos colegas na Barbearia Silva na Praça Nova em 1960,já lá
vão 50 anos! O nosso patrão,que o Senhor o tenha em paz,de seu nome Manuel Silva,ficou conhecido por Manelzinho do arroz.Nesse tempo os empregados usufruiam de cama e mesa, e vencimento (300 escudos mensais) e o Manelzinho devia ter algum contrato com o merceeiro vizinho,pois o arroz era o prato certo de todos os dias...ainda hoje falâmos nisso!
Posteriormente parti para a vida militar,segui outros rumos,vivi em Lisboa e em Braga e só passados muitos anos voltei,enquanto o João ficou por cá e fez obra na profissão e no teatro.Mas falamos do João,o meu colega e amigo de há tantos anos.No próximo dia 2 de Julho completará 78 anos.
Há dias fui visitá-lo; lá estava na sua barbearia em Tavarede onde mantém um horário de trabalho a seu gosto. Abre ás 8 horas,fecha para almoço às 12,30,e reabre às 14,30. Retoma a actividade,e encerra quando o ultimo cliente se despede.
Mantém preços baratinhos como ele próprio afirma (preços fora de moda) digo eu... Constactei que o meu colega e amigo não estava muito bem de saude,e por isso não prolonguei a visita,mas foi agradável verificar que a estima recíproca que existia entre nós se mantém, e que o tempo não matou as nossas recordações.
Ainda falámos da arte de representar,arte que o cativou,e que ele abraçou de alma e coração,tendo por mestre o inesquecível José Ribeiro,e o palco da Sociedade Instrução Tavaredense( O Teatro de Tavarede) escola de excelentes actores.
A Câmara da Figueira,no mandato de Santana Lopes,prestou-lhe homenagem e também outras entidades o distinguiram pelo seu talento e dedicação,sempre alheia a outro lucro que não fôsse a arte de dizer e representar.
É com muito prazer que recordo algumas das suas representações,nas fotografias que aqui coloquei.
Tambem no blogue museu do barbeiro e cabeleireiro,deixei um apontamento sobre a obra do João Medina,um barbeiro e actor.

(No meu blogue se clicar em Joaquim Pinto,encontra de imediato o museu do barbeiro e cabeleireiro)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

E não vai ninguem preso?



Alguns pensamentos são mais nefástos do que as moscas.Estas poisam e depois
de sacudidas vão zumbir nos ouvidos do visinho,mas os pensamentos não.Instalam-se e moem,enquanto a sua materialização não nos transmite a tranquilidade da ideia feita,como que a comfirmar que não há nada que corte a sua raiz,como acontece com este texto preocupado e contestatário.As minhas raizes da Barca Montemor-o-Velho,como acentua o meu amigo Agostinho um contestatário a tempo inteiro,são ainda o suporte social e agora interrogativo,face ao descalabro das contas publicas deste pais e pergunto ao vento que passa,onde estão os culpados deste fartar vilanagem,deixando o povo entregue aos seus eurozitos e que não tem nenhuma culpa deste miserável cinismo dos que nos governaram durante estes anos depois de Abril. Foram dourados para muitos,alguns sem vergonha esquecendo-se que os dinheiros publicos eram e são sagrados e intocáveis.Como prevaricadores só havia uma via,o julgamento e em caso de culpabilização a cadeia.O que se viu e vê por aí de norte a sul de Portugal,outra vez dividido em classes poderosas e outras a caminho do pau e do saco,foram verdadeiros roubos de Igreja.Muitos comeram os maduros figos,falando do povo como coisa sua,mas os que estão a ficar com a boca salpicada de ardor,vão ter ainda força para gritar por cantos e esquinas,se não vai ninguem preso?
Dou por mim e ainda bem,motivado de novo como no tempo do Salazarismo,mas o homem de Santa Comba,cometendo os crimes que todos sabemos,acabou por ser mais sério do que estes encantadores de serpentes,tipo anaconda que engole sempre os mais fracos,e isso para o meu feitio põe-me os cabelos em pé.


ESPALHEM MAIS ESTE ESCÂNDALO

Ana Maria Fernandes vai receber um ordenado multi-milionário 220.000 contos,
como presidente da EDP Renováveis após a entrada da empresa na bolsa,comenta Julia Brito.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O Benfica é uma paixão,mas o povo tem que abrir a pestana.



Estava ás voltas com as tesouras e os pentes e eis que o nosso colega Joaquim Pinto,queria duas palavrinhas.A primeira era dizer- me que tinha colocado
na conta da Mariana uma imporância (que considero simpática), mas não posso divulgar o respectivo valor,porque o nosso colega insistiu no segredo; a outra era dar-me os parabéns pela vitória do Benfica.Ficámos de nos encontrar junto da estátua do Eusébio antes do jogo,mas o diacho da camionete em que eu viajava avariou,e incapaz de seguir viagem,ficou na área de serviço de Óbidos.Aguardámos a chegada doutro autocarro,já com a paciência a esgotar-se,e a má disposição a sobrepôr-se ao anterior entusiasmo,com a prespectiva da chegada em cima da hora ao estádio,o que aconteceu,facto que ficará na memória de todos nós.Claro que já não parei na estátua nem vi o meu amigo,daí as felicitações “telefónicas”.
Eu gosto de futebol,sobretudo do espectáculo quando o jogo é bem jogado,e admiro esta multidão que o futebol reune à sua volta,mas o povo devia unir-se do mesmo modo mas contra os escandalos politicos e sociais, que têm feito e fazem sofrer muitos portugueses,os que trabalham e auferem ordenados deminutos. E outros,os idosos,os doentes incapacitados,creanças necessitadas de cuidados especiais... Já a sair do Estádio naquele mar de gente (passe o termo) achei-me com estes pensamentos,e fazendo paralelo com a situação politica actual,apeteceu-me gritar e que todos gritássemos em uníssono não ali,mas no local especifico da cidade, fóra o árbitro! Fóra o árbitro! Fóra o árbitro! Fóra o árbitro do GOVERNO!!!....
Influência do ambiente? Não,eu vinha tão contente com o Benfica ! Mas as coisas andam tão desastrosas no nosso torrão,se é que ainda é nosso (eu ás vezes até já duvído) e assim, mesmo no meio da alegria veio a preocupação,e de seguida a prespectiva acalentadora do desabafo,mas logo passou

domingo, 9 de maio de 2010

O Manel da Stilcoup vai ajudar a Mariana?...



Esta manhã bem cedo ouço o telefone... era o Manuel dos Santos, um colega do Porto,uma amizade que dura há mais de 40 anos.Ele é aquele tipo sincero, tipicamente portuense na sua linguagem sem preconceitos,sempre bem disposto, falador,e assim de rajada num misto de reparo e curiosidade “atira-me”a pergunta
- em que estava eu metido? E também que eu nunca mais apanhava juíso...
referia-se aos meus pedidos (via blogue) relativamente à menina, à Mariana, do Cartaxo. Eu respondi-lhe de igual, rematando, mande mas é para ela, e sugerí uma importância,ao que ele afirmou, eu até mando mais do que isso... Queria saber pormenores.Eu recordo com gratidão que a Stilcoup,Empresa que ele dirige, nos apoiou no Festival Regional da Cova Gala no ano passado,e lá no norte é solidária com a nossa classe profissional em muitas actividades do sector,e acredito que também vai ajudar a Mariana.
Mas não é só a Emprêsa,o Manel é solidário por carácter...
“Em troca” só o nosso abraço,da Dília e do Olímpio.


O nosso amigo Sr.Rogério Neves no seu blogue Marcha do Vapor colocou o nosso apelo de apoio à Mariana.Como é um blogue muito visitado,pode ser que mais alguém queira ajudar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A gratidão da Mãe da Mariana

Uma mãe angustiada veio ao meu blogue,agradecer antecipadamente a ajuda que poderá vir ou não a ter, por parte de quem leu um apelo breve que fiz no sentido de ajudarmos a Mariana, para uma 2ª ida a Cuba para tratamento médico que aqui não conseguiu.A menina tem 29 meses,é uma ternura como são todas as creanças.
Esta mãe fala em bondade da nossa parte... não é a bondade que me move,é a raiva pela falta de justiça pela Mariana,pelos que sofrem acidentes vasculares e ficam presos a uma cama, sem condições de nenhuma ordem,nem dinheiro,pois são sempre os humildes que a isto estão sugeitos.Eu não posso nada em relação ao que está mal,mas posso manifestar o meu desencanto e a minha raiva (repito).
Nenhum cidadão neste país devia precisar do amigo ou do desconhecido, para atender num caso tão importante como este, e tantos iguais que sabemos e outros que ignoramos.Os politicos no activo fizeram e fazem as leis que lhes convém,algumas em proveito próprio,mas para estas situações tão delicadas,tão carregadas de sofrimento para os familiares,e que se vêem de mãos atadas,porque sem o maldito dinheiro nada feito,e não há uma lei que institua uma verba para acudir a quem procura a saúde,principalmente sendo esse alguém uma creança,uma flor a abrir para a vida.Pagamos impostos não nos dizem para onde vão esses valores,mas nós adivinhamos...fazem-se fortunas à custa dos dinheiros publicos,reformas tão grandiosas quanto escandalosas,(ouvem-se os moralistas que nada fazem) e os politiqueiros de ocasião,estes actualmente só falam na crise para dizer que veio de fora... e não vem por aí um raio de uma revolução que acabe com tanta impunidade,que ponha ordem nos gastos,e acabe com tão acentuadas diferenças entre os portugueses.
Uns tão angustiados,outros bem de mais,e a prosperar com a infelicidade dos outros.Bem sabemos que tem sempre de existir a diferença,mas que essa diferença não seja tão flagrante,tão desumana.Dirão que esse querer é utopia, talvez, mas estou saturado com a hipocrisia,fala-se muito, são palavras soltas, e sobretudo vindas dos que bem instalados na vida debitam os seus falsos sentimentos,por vezes escudando-se no Cristianismo,longe da sensibilidade inerente à doutrina e ao ser humano.
(então companheiros bloguistas já madaram uns euritos? Vá lá não se esqueçam da Mariana)
(eu repito o nº 003602909910002096214 -Mãe Fátima Caría)



ULTIMA HORA.
Gestores da saude esbanjaram 3,1 milhões.
A inspecção já investigou os rendimentos e regalias,que incluem frotas de automóveis,combustiveis e gastos de telémovel.

E não vai ninguem preso?